“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17393

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ecologia
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Gustavo Rocha Alves
Orientador LUCAS NAVARRO PAOLUCCI
Outros membros Tiago Vinicius Fernandes , Vanessa Soares Ribeiro
Título Estrutura de comunidades de formigas em Campos Rupestres e Capões de mata
Resumo Os estudos de comunidades biológicas, suas interações e os fatores que as estruturam são fundamentais para preencher lacunas do conhecimento no estudo dos ecossistemas. Os ambientes apresentam inúmeros filtros ambientais, que influenciam diretamente a composição da comunidade que os ocupam. Compreender a dinâmica da diversidade local impacta no planejamento de uso do espaço, manejos de conservação, recuperação e restauração dos ambientes estudados. Devido ao fácil manuseio, abundância, distribuição, identificação e aos seus papéis em processos ecossistêmicos, as formigas são amplamente utilizadas como organismos-modelo para investigar distúrbios antrópicos e a influência de gradientes ambientais. A “Hipótese do Tamanho dos Grãos” postula que a rugosidade ambiental, ou o conjunto de fatores que compõem o nicho, estão relacionados aos padrões corporais de animais terrestres que o ocupam, sugerindo uma influência da heterogeneidade do ambiente na estruturação da comunidade. O objetivo deste trabalho é investigar como a estrutura de hábitats – Capões de Mata e Campos Rupestres – afetam a composição de comunidades de formigas; nossa hipótese é que as comunidades destes ambientes são dissimilares. Coletamos formigas na Serra do Cipó-MG com armadilhas de queda (pitfall), em quatro parcelas separadas por 1 Km de distância, e com nove pitfalls distribuídos em três transectos, separados por 25 m. Fizemos uma PERMANOVA para quantificar as dissimilaridades na composição de formigas entre os tratamentos, e um escalonamento multidimensional não métrico (NMDS), para a visualização destes dados. Encontramos 35 espécies no total, 26 em Campo Rupestre e 24 no Capão. As comunidades de Capão e Campo Rupestre foram dissimilares (p=0,024). Sugerimos que as condições ambientais dos Capões de Mata e Campos Rupestres, por apresentem uma estrutura de vegetação distinta, alteraram a composição das comunidades de formigas na Serra do Cipó, em virtude dos filtros ambientais atuando no meio. As comunidades apresentaram uma riqueza similar, porém com algumas trocas de espécies (0.80488, p=0.05*), podendo ser relacionada à presença de formigas epigéicas-arborícolas nos Capões, e apenas epigéicas nos Campos Rupestres. Uma possível implicação da dissimilaridade na comunidade de formigas entre estes ambientes é a ocorrência de alta uma riqueza funcional, ou seja, os organismos que se estabelecem nesses dois ambientes podem apresentar serviços ecossistêmicos distintos em suas respectivas localidades.
Palavras-chave Comunidades biológicas, filtros ambientais, formigas
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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