“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17381

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciência e tecnologia de alimentos
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Leticia Bruni de Souza
Orientador BRUNO RICARDO DE CASTRO LEITE JUNIOR
Título Aplicação da tecnologia de ultrassom para potencializar a hidrólise enzimática das caseínas de leite de ovelha
Resumo O leite de ovelha apresenta um elevado valor nutricional, com destaque para altas concentrações de proteínas em comparação com o leite de outras espécies. A hidrólise enzimática das proteínas do leite de ovelha, em especial das caseínas, é uma alternativa para geração de peptídeos potencialmente bioativos, bem como, para produção de hidrolisados com propriedades técnico-funcionais superiores em relação a proteína nativa. No entanto, na forma convencional, a hidrólise enzimática apresenta alguns desafios como: (i) a baixa taxa de conversão, (ii) o longo tempo de reação e (iii) o alto consumo de energia. Para superar essas desvantagens, a tecnologia de ultrassom (US) pode ser utilizada para aumentar a atividade enzimática, bem como modificar a estrutura proteica, tornando-as mais acessíveis à hidrólise. Dessa forma, este trabalho comparou a hidrólise enzimática convencional com a hidrólise assistida por US das caseínas de leite de ovelha (CLO) visando melhorar a performance enzimática da Alcalase, Brauzyn e Flavourzyme. Para isso, as CLO foram obtidas por meio da precipitação isoelétrica e secas por liofilização. As condições ótimas de pH e temperatura para as enzimas foram, respectivamente: Alcalase (pH 7,0; 70°C), Brauzyn (pH 7,0; 60°C) e Flavourzyme (pH 7,0; 55°C), previamente determinadas usando as CLO como substrato. Posteriormente, a hidrólise assistida por US acompanhada pelo método pH-stat foi conduzida em um banho ultrassônico com frequência de 20 kHz e potência volumétrica de 38,0 W/L, nas condições ótimas (70°C; 60°C; 55°C) e não ótimas de temperatura das enzimas (25°C e 45°C; 25°C e 40°C; 25°C e 40°C) para Alcalase, Brauzyn e Flavourzyme, respectivamente, por até 180 min. Posteriormente, os dados foram submetidos a uma regressão não linear utilizando um modelo exponencial para obtenção da taxa de hidrólise (parâmetro k) e do grau de hidrólise final (GHꝏ). Com base nos resultados obtidos, foi possível verificar que a hidrólise enzimática assistida por US foi capaz de potencializar a taxa de hidrólise (aumento de até 144,5% para hidrólise à 25°C pela ação da Alcalase), bem como aumentar o grau de hidrólise final (aumento de até 24,6% na reação realizada a 70°C utilizando a Alcalase) (p<0.05). Além disso, observou-se que a hidrólise da Alcalase assistida por US à 45°C apresentou valores de k ou GHꝏ similares aos valores obtidos para a hidrólise convencional realizada em temperatura ótima da enzima (70°C) (p>0.05). Esses resultados se devem, principalmente, ao efeito da cavitação das bolhas formadas durante o processo de US, que podem favorecer a exposição de novos sítios da enzima, bem como uma maior acessibilidade enzimática, devido às alterações estruturais das CLO. Portanto, os resultados mostram que o US pode ser uma estratégia interessante para potencializar a hidrólise das CLO visando a produção de hidrolisados de interesse industrial com maior rapidez e rendimento.
Palavras-chave Leite de ovelha, Ultrassom, Hidrólise enzimática
Forma de apresentação..... Vídeo
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