“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17368

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia geral
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa FAPEMIG/Balcão
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Álvaro Domingues Ataide
Orientador FREDERICO FALCAO SALLES
Outros membros Ana Dária Leite Viana, CARLOS FRANKL SPERBER, Millena Cristhina Dias Correia, Pedro Bonfá Neto
Título Fauna de Trichoptera (Insecta) da bacia do Rio Doce
Resumo A liberação de 60 milhões de m³ de rejeito de mineração na Bacia do Rio Doce foi o resultado do rompimento da barragem de rejeito de mineração de Fundão em Mariana. Esse até então é considerado a maior tragédia ambiental do Brasil, que se alastrou por centenas de quilômetros ao longo do rio Doce até desaguar no Oceano Atlântico. Entender o efeito do desastre é fundamental para implementar medidas que restabeleçam a dinâmica ecológica do rio. Os macroinvertebrados podem atuar como excelentes bioindicadores da qualidade dos ecossistemas aquáticos por apresentarem alta riqueza de táxons com diferentes níveis de sensibilidade ao estresse, serem relativamente sésseis e apresentarem ciclo de vida relativamente longo nos ecossistemas aquáticos. Os Trichoptera são abundantes em todos os tipos em ecossistemas aquáticos de água doce, com sua fase larval construtora de casa ou abrigos a partir de seda e detritos minerais ou vegetais, são os insetos estritamente aquáticos mais diversificados do ponto de vista taxonômico. Este trabalho tem como finalidade identificar as espécies de Trichoptera com ocorrência ao longo da bacia e mapear as suas distribuições. O método utilizado para o levantamento incluiu a busca pelas plataformas do Catálogo Taxonômico da Fauna Brasileira, GBIF, lista de tombos de material entomológico do Museu de Entomologia da UFV e da Coleção Zoológica Norte Capixaba da UFES, além da conferência de artigos no Web of Science que incluíam os termos “Trichoptera”, “Minas Gerais” e “Espírito Santo”, os quais foram posteriormente filtrados para incluir apenas os táxons que foram encontrados das áreas que abrangem a Bacia do Rio Doce. Adicionalmente, a metodologia incluiu a identificação de material coletado em janeiro de 2022 em 15 pontos de amostragem ao longo da bacia. Para a amostragem de indivíduos adultos foram utilizadas armadilhas luminosas do tipo Pensilvânia, instaladas antes do crepúsculo e recolhidas na manhã do dia seguinte, funcionando a partir de baterias automotivas. No caso dos imaturos, foram realizadas coletas com o auxílio de uma rede tipo D, malha de 0,5 mm. Ao todo foi encontrado um total de 79 espécies distribuídas em 10 famílias que ocorrem dentro da Bacia do Rio Doce. Até o momento, dentre os espécimes amostrados, não foram encontrados táxons que não constavam nos bancos de dados. Com esses dados pode ser observado uma lacuna de registros de espécies dentro da Bacia, locais em que se tem pouco ou nenhum registro de tricópteros. Outra observação, foi a concentração de registros de espécies em parques ou reservas ambientais como, por exemplo, Parque Estadual do Rio Doce, Parque Nacional do Caparaó e o Reserva Biológica de Sooretama. Esses dados de levantamento podem servir de base para futuros estudos de distribuição do grupo sendo essencial para conhecer a riqueza regional e assim avaliar como agir no restabelecimento da dinâmica ecológica do rio.
Palavras-chave macroinvertebrados bentônicos, biomonitoramento, ecologia
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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