“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17360

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Laura de Souza Freitas
Orientador VIRGINIA VINHA ZANUNCIO
Outros membros Gabriel Lisboa de Sousa, Isabela Araujo Victoretti, Jonathan Martins Tolentino, Maria Luisa Cruz Andrade
Título Diagnóstico de Esclerose Tuberosa cutânea em unidade de atendimento de atenção secundária de um município da Zona da Mata de Minas Gerais
Resumo Introdução: A esclerose tuberosa é uma doença genética rara, degenerativa e causadora de tumores benignos. É autossômica dominante e ocorre por mutação dos genes TSC1, o qual codifica a proteína hamartina e TSC2, que codifica a tuberina, sendo tais genes, respectivamente, dos cromossomos 9 e 16. As manifestações clínicas variam de acordo com o grau de comprometimento dos órgãos acometidos, sendo os principais alvos a pele e o sistema nervoso central (SNC), mas podendo acometer olhos, pulmão, rins, coração, fígado, entre outros. Objetivos: Apresentar como manifestações cutâneas podem levar ao diagnóstico de doenças sistêmicas importantes. Metodologia: Paciente do sexo feminino, 46 anos, comparece à consulta encaminhada do ambulatório de pequenas cirurgias para avaliação de lesões faciais. Relata o aparecimento de lesões na face, periungueais e tronco desde a infância. Possui glaucoma, anemia a esclarecer e é ex etilista. Nega crises convulsivas. Ao exame físico, possui duas placas normocrômicas com cerca de 5 cm na região lombar, pápulas hipercrômicas no centro da face - zona T -, em grande quantidade, tumores periungueaise e ausência de manchas em folha. Realizado diagnóstico de Esclerose Tuberosa por possuir três critérios diagnósticos: placas de Shagreen, angiofibromas e fibromas periungueais. A paciente foi orientada sobre a evolução da doença e realizado eletrocauterização de lesões na face para melhora estética visto causar prejuízo da autoestima na mesma. Resultados: Não se pode ignorar o acompanhamento longitudinal de tal paciente, pois a esclerose tuberosa ainda pode se manifestar com crescimentos tumorais benignos em diferentes órgãos. Para seu diagnóstico, que é clínico, o indivíduo deve manifestar dois critérios maiores ou um maior e dois menores, sendo que, no caso relatado, a paciente possui três dos critérios maiores - as placas de Shagreen, os angiofibromas e os fibromas periungueais. Não existe cura para a doença e geralmente o tratamento é sintomático. Conclusões: Apesar de a esclerose tuberosa ser uma doença majoritariamente de acometimento sistêmico, o caso acima mostra um quadro, que, até o momento, apresenta apenas comprometimento cutâneo, as quais estão presentes em 90% dos doentes. O diagnóstico de esclerose tuberosa mostra ser necessário um acompanhamento regular para detecção do acometimento de outros órgãos-alvo no intuito de evitar possíveis complicações para a paciente. Este relato mostra a importância de uma análise crítica diante de manifestações dermatológicas, uma vez que as mesmas, em algumas situações, permitem o diagnóstico de doenças sistêmicas.
Palavras-chave Esclerose tuberosa, placas de Shagreen, tumores periungueais
Forma de apresentação..... Painel
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