“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17351

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Química Inorgânica
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas - Campus Florestal
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Laura Melo Fernandes Moreira
Orientador JULIANA CRISTINA TRISTAO
Outros membros Matheus Henrique Pimentel Araújo
Título Ferritas de magnésio: síntese, caracterização e uso como adsorventes de fosfato
Resumo O fósforo tem grande potencial poluidor de águas e devido a mineração, atividades agrícolas, processos industriais e despejo de resíduos domésticos, é encontrado em concentrações excessivas em corpos d’água. Por ser um nutriente essencial, em grandes concentrações, o fósforo leva ao crescimento excessivo de algas e microrganismos autótrofos, fenômeno conhecido como eutrofização. Para evitar a eutrofização de cursos d’água o fósforo proveniente de fontes de águas residuais deve ser removido ou reduzido, e para isso existem vários métodos que podem ser aplicados. Entre eles, o processo de adsorção é uma opção considerada eficaz na remoção de poluentes, além de ser de baixo custo e de fácil aplicação. Materiais do tipo ferritas têm mostrado potencial para uso como adsorventes. As ferritas são compostos a base de óxido de ferro juntamente com outro metal (MFe2O4), e apresentam magnetização espontânea a temperatura ambiente. O presente trabalho teve como intuito sintetizar ferritas de magnésio, em suas formas puras, a partir de sais de magnésio e ferro em diferentes proporções molares Mg:Fe (1:1, 1:2, 1:3 e 2:1), e a diferentes temperaturas de calcinação (300°, 700° e 900°C), para então avaliar os materiais produzidos na adsorção de fosfato (PO43-) e caracterizá-los por diferentes técnicas. As ferritas foram produzidas a partir do método de impregnação por via úmida. Nitrato de ferro e nitrato de magnésio foram solubilizados em água e a solução mantida sob agitação e aquecimento a 100ºC até secagem. Após secagem, os materiais foram tratados a 300, 700 e 900°C/1h em forno elétrico e caracterizados por diferentes métodos: Difração de Raios X, Microscopia Eletrônica de Varredura com Detector de Energia Dispersiva, Espectroscopia Mössbauer, Espectroscopia no Infravermelho e Absorção Atômica. Resultados de DRX e Mössbauer mostraram que a fase ferrita se forma nas diferentes proporções molares a partir de 700°C. Imagens de MEV/EDS mostraram partículas uniformes similares para os diferentes materiais e uma composição predominante de Mg, Fe e O. Os testes de adsorção de fosfato foram conduzidos à temperatura ambiente, utilizando 15 mL de solução de PO43- (100 mg/L) em contato com 15 mg do material produzido, de acordo com o método do ácido ascórbico disponível em Standard Methods of Water and Wastewater. Também foram realizados testes de competição, isoterma e cinética de adsorção, além da influência do pH. As amostras de MgFe2O4 na proporção 1:2 e calcinadas a 700°C e 900°C apresentaram melhores valores para adsorção de fosfato, 27,3 mg/g e 24,3 mg/g, respectivamente, em pH5. Resultados obtidos por absorção atômica mostraram que não ocorre lixiviação de Mg e Fe de forma significativa durante os testes de adsorção. Conclui-se que ferritas de magnésio foram obtidas e os materiais apresentaram comportamento promissor de adsorção de fosfato, além de apresentarem a facilidade de recuperação do meio e reutilização pela presença das propriedades magnéticas.
Palavras-chave Ferritas de magnésio, Fosfato, Adsorção
Forma de apresentação..... Vídeo
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