ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Biológicas e da Saúde |
Área temática | Bioquímica |
Setor | Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular |
Bolsa | PET |
Conclusão de bolsa | Não |
Apoio financeiro | CAPES |
Primeiro autor | Jhenifer Caroline de Oliveira |
Orientador | VALERIA MONTEZE GUIMARAES |
Outros membros | Luiz Vinicius de Souza Arruda |
Título | Análise do secretoma de Talaromyces pinophilus cultivado em casca de soja para a produção de enzimas de interesse biotecnológico |
Resumo | Atualmente, o Brasil é uma potência mundial na produção e exportação de soja e, dessa forma, gera também grandes quantidades de resíduos a partir do seu processamento, sendo um deles a casca de soja, que é rica em carboidratos, proteínas e possui baixo teor de lignina em comparação com outros resíduos agrícolas. Com o objetivo de agregar valor a esse subproduto, a casca de soja foi utilizada como fonte de carbono para cultivo do fungo Talaromyces pinophilus visando induzir a produção de enzimas de degradação de biomassas lignocelulósicas, como celulases, hemicelulases, pectinases e ligninases. Nesse sentido, o fungo T. pinophilus foi cultivado durante 7 dias em casca de soja a 3% (p/v) sob fermentação submersa. Após esse tempo, seu extrato bruto foi obtido e analisado por LC-MS/MS para a identificação das proteínas secretadas nessas condições. Após o estudo do perfil enzimático presente no secretoma de T. pinophilus, essas informações foram comparadas ao bioinfosecretoma do mesmo fungo, gerado por ferramentas de predição baseadas em seu genoma. Os resultados dessa comparação mostraram que T. pinophilus possui 803 genes codificadores de enzimas ativas em carboidratos (CAZymes), das quais 138 foram identificadas no secretoma experimental, sendo 105 delas relacionadas à degradação do complexo lignocelulósico. A análise por espectrometria de massas mostrou também que 19,36% das proteínas identificadas no secretoma experimental referem-se a uma única enzima, uma α-L-arabinofuranosidase da família GH54. Esses resultados preliminares elevam a casca de soja a um patamar de destaque, pois não é comum biomassas naturais que direcionam o metabolismo de um microrganismo para a produção dirigida de um único tipo de enzima em tão alta abundância. Além disso, foi realizada a composição centesimal da casca de soja para avaliar se existe alguma relação entre as concentrações relativas dos elementos estruturais lignocelulósicos com o perfil enzimático observado. O estudo da composição centesimal mostrou que a casca de soja é constituída por 24,77% de celulose e 21,26% de hemicelulose, apesar de o secretoma experimental ser constituído majoritariamente por enzimas com ação em hemicelulose. Análises mais detalhadas devem ser feitas, como a avaliação in vitro da atividade de α-L-arabinofuranosidase, sua purificação e caracterização. No entanto, os resultados preliminares já demonstraram que a casca de soja possui potencial para ser utilizada como substrato fúngico para a produção de enzimas de interesse biotecnológico. |
Palavras-chave | casca de soja, secretoma, α-L-arabinofuranosidase |
Forma de apresentação..... | Painel |
Link para apresentação | Painel |
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