Resumo |
Eventos extremos que alteram a disponibilidade de água, como secas e inundações, constituem ameaças ao crescimento e produção das plantas em diversas regiões. Nutrientes como zinco (Zn) e manganês (Mn) desempenham papéis importantes na atenuação dos danos causados por estresses bióticos e abióticos nas plantas. Estudos sobre o efeito da nutrição mineral nas respostas das plantas à baixa disponibilidade de oxigênio ainda são escassos. O presente estudo foi realizado com o objetivo de avaliar o efeito da aplicação foliar de Mn e Zn em plantas de eucalipto sujeitas ou não a baixa disponibilidade de oxigênio. O experimento foi conduzido em casa de vegetação na Universidade Federal de Viçosa, Brasil. Os tratamentos foram combinados num arranjo fatorial, com e sem hipóxia, com e sem aplicação foliar de Zn (0,1 g L-1) e Mn (0,5 g L-1). O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com cinco repetições. Cada unidade experimental consistiu-se em 1 vaso de 6 dm³, contendo areia lavada e 2 plantas de eucalipto (clone de Eucalyptus urohphyla x Eucalyptus grandis). Nos tratamentos com hipóxia, a concentração de O₂ foi mantida abaixo de 4 mg L-1. Nos tratamentos sem hipóxia, os vasos foram mantidos não saturados. A produção de matéria seca dos componentes das plantas (folhas, caules e ramos) e a área foliar foram medidos ao final do período de inundação (86 dias) e após a retirada do estresse (69 dias). Plantas submetidas â hipóxia apresentaram redução na matéria seca total, bem como na área foliar, quando comparadas com plantas cultivadas em condições normais. Não houve efeito dos tratamentos com Mn e Zn para ambas as variáveis durante o período de estresse. Ao final do experimento, plantas que receberam aplicações foliares de Mn e Zn apresentaram uma taxa fotossintética mais elevada quando comparadas com plantas que não receberam aplicações de Mn e Zn. Após o período de recuperação, as plantas que receberam aplicação foliar de Mn apresentaram maior área folar e massa seca de folhas e caule. |