“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17300

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia geral
Setor Departamento de Física
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Arlindo Sérgio Cunha Júnior
Orientador ANESIA APARECIDA DOS SANTOS
Outros membros Patrícia Moreira Valente
Título Seletividade de ácidos graxos para o câncer de mama murino in vitro
Resumo O câncer é um importante problema de saúde pública em que os tratamentos aplicados a ele costumam ter baixa seletividade, por exemplo os quimioterápicos Cisplatina, Doxorrubicina e Dacarbazina, disponibilizados pelo SUS, que possuem seletividade menores ou iguais a 1. Na busca por fármacos com maior seletividade na quimioterapia, nosso grupo tem avaliado o potencial anticâncer de extratos de sementes de Passiflora edulis e Passiflora setacea. Resultados preliminares sugerem que ácidos graxos, presentes majoritariamente nos extratos citados anteriormente, possam ser responsáveis pelo elevado efeito citotóxico e seletivo obtido em linhagens de melanoma murino e de câncer colorretal humano. Sementes de Passiflora apresentam teores lipídicos influenciados por fatores climáticos, meio ambiente, local de cultivo, variedade cultivada e condições de plantio e em geral variam entre 18,5% e 29,4%, com composição principal dos ácidos linoleico (55-66%), oleico (18-20%) e palmítico (10- 14%). Assim, os objetivos deste trabalho foram investigar o potencial antitumoral dos ácidos graxos oleico e palmítico, calcular a concentração inibitória de 50% das células (IC50) e o índice de seletividade (IS) dos mesmos in vitro. As linhagens 4T1 (câncer de mama murino) e Melan-A (melanoblastos normais de camundongo) foram cultivadas em meio de cultivo RPMI1640 (10% SFB e 1% antibióticos) em estufa a 37°C, 5% de CO2 e 95% de umidade atmosférica até a confluência. Posteriormente, essas foram tripsinizadas e contadas na câmara de Neubauer para o plaqueamento de 1 x 104 células/poço em placas de 96 poços que foram incubadas por 24 h. Após a adesão das células, estas foram tratadas com diluições seriadas dos compostos em solução de dimetilsulfóxido (DMSO, p/v) por 48 h. Decorrido esse período, os tratamentos foram substituídos por solução de MTT: meio de cultivo (1:9, 0,5 mg/mL) e as placas acondicionadas no escuro por 3 h a 37°C. Após a dissolução dos cristais de formazan em solução de DMSO puro, as placas foram avaliadas em espectofotômetro a 570 nm. As absorvâncias obtidas foram utilizadas para cálculo do percentual da viabilidade celular que permitiu a estimativa do valor de IC50 e o IS. Nossos resultados demonstraram que os ácidos graxos testados reduziram a viabilidade celular de ambas as linhagens. Para 4T1 os valores de IC50 encontrados foram 115,8 µg/mL (R2: 0,80) para o ácido oleico e IC50: 9,91 µg/mL (R2: 0,64) para o ácido palmítico. Enquanto para Melan-A os valores foram superiores com IC50: 192,9 µg/mL (R2: 0,85) e 37,40 µg/mL (R2: 0,89), para os ácidos oleico e palmítico, respectivamente. Esse comportamento se refletiu nos IS dos mesmos para a linhagem cancerígena, sendo 1,66 para o ácido oleico e 3,77 para o ácido palmítico, mostrando que tais compostos apresentam seletividade para o câncer de mama murino in vitro e, portanto, podem ser considerados candidatos a futuros fármacos para a clínica médica.
Palavras-chave Cultura de células, MTT, Ácidos graxos
Forma de apresentação..... Vídeo
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