“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17296

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia geral
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Mariana Souza Oliveira
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros Elizabeth Lopes de Oliveira, Fernanda Carolina Ribeiro Dias, João Victor Leles Faria, SERGIO LUIS PINTO DA MATTA
Título Efeitos do vírus Mayaro sobre parâmetros espermáticos de camundongos 45 dias pós infecção
Resumo O Mayaro (MAYV) pertence ao grupo dos arbovírus que são transmitidos por artrópodes hematófagos para humanos e animais endotérmicos. O Mayv é um Alphavirus de RNA de fita simples com envelope pertencente à família Togaviridae. O MAYV tem como principal vetor mosquitos do gênero Haemagogus. Seus hospedeiros são os mamíferos que servem como reservatórios para a transmissão viral. O vírus também pode ser transmitido por mosquitos Aedes aegypti, facilitando a sua disseminação. O MAYV possui à capacidade de comprometer a estrutura do epitélio germinativo e interferir no processo espermatogênico, pois ele utiliza o receptor MXRA8 como meio de entrada na célula. Este receptor está localizado nas proteínas das zônulas de oclusão, local rico entre as células de Sertoli que formam a barreira hematotesticular e protegem as células germinativas haploides em desenvolvimento. Nosso objetivo foi analisar os efeitos do Mayv sobre parâmetros espermáticos de camundongos infectados. Os animais foram divididos em grupos, controle e Mayv (n=8/grupo). Camundongos do grupo Mayv foram infectados aos 15 dias de idade utilizando-se 50μl de MAYV na concentração de 1,25x107 PFU. Todos os animais foram eutanasiados no 60o dia de experimento, 45 dias após a infecção (CEUA, protocolo 70/2019). Os testículos foram removidos, pesados e dissecados para retirada da cápsula albugínea. Em seguida, o parênquima testicular foi homogeneizado, assim como as regiões da cabeça/corpo e cauda do epidídimo. Os espermatozoides presentes nas regiões epididimárias e as espermátides presentes nos testículos foram contados usando câmara de Neubauer. Para o cálculo da produção espermática diária, o número de espermátides por testículo foi dividido por 4,84 (número de dias em que as espermátides maduras estão presentes no epitélio seminífero de camundongos). Para o cálculo do tempo de trânsito (dias) em cada região epididimária, o número total de espermatozoide de cada segmento foi dividido pela produção espermática diária. A região da cauda do epidídimo foi seccionada em uma placa de Petri, para obtenção dos espermatozoides e avaliação da motilidade espermática, considerando o percentual de células imóveis e móveis. A integridade estrutural das membranas espermáticas foram avaliadas em microscópio de epifluorescência utilizando os fluorocromos IP e CFDA, sendo 200 gametas classificados por possuírem membrana íntegra e membrana não íntegra. Posteriormente os dados foram submetidos pelo teste t de Student. Os resultados mostraram que camundongos infectados com Mayv apresentaram redução de 52,3% na motilidade espermática, 18,1% no percentual de espermatozoides com membrana íntegras, 34,8% no número de espermátides por testículo e 37,5% por grama de testículo, 10,7% no tempo de trânsito, 31,7% no número de espermatozoides epididimários e 34,1% na produção espermática diária. Pode-se concluir que o vírus Mayv causa efeitos negativos sobre parâmetros espermáticos em camundongos infectados.
Palavras-chave Epidídimo, motilidade espermática, Arbovírus.
Forma de apresentação..... Painel
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