“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17293

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Luciana da Cunha Arruda
Orientador JOSE DOMINGOS GUIMARAES
Outros membros Arthur Augusto Pinto Coelho, Danilsy Cornélio Pereira, Isaac Andres Mora Obando, João Victor Chaves Silva, JOSE RICARDO BARBOZA SILVA, MARCEL FERREIRA BASTOS AVANZA, Thaís de Araújo, Victória Kanadani Campos Poltronieri
Título Hidropsia das membranas fetais em fêmea bovina: relato de caso
Resumo A hidropisia se configura como o aumento exagerado dos líquidos presentes nas membranas fetais, excedendo a quantidade fisiológica de até 20 l. Tal aumento pode afetar o saco amniótico (hidroâminio), alantoide (hidroalantóide) ou ambos. A maioria dos casos envolvem o acúmulo de líquidos fetais da membrana amniótica e somente aparecem nos últimos 3 meses de gestação. O objetivo deste trabalho consiste em relatar um caso de Hidropisia dos envoltórios fetais em fêmea bovina. Foi atendida no setor de Clínica e Cirurgia de grandes animais do hospital veterinário do Departamento de Veterinária (DVT-UFV), uma fêmea bovina da raça Jersey, 24 meses. O animal foi admitido no hospital com queixa de trabalho de parto há 3 horas, sem progressão e abaulamento abdominal exacerbado. Ao exame de palpação transretal verificou-se dilatação acentuada do útero. Ao exame ultrassonográfico, redução da quantidade de placentomas e aumento do líquido amniótico foram observados. Durante o exame de palpação transvaginal constatou-se dilatação cervical de 20 cm. Manobras obstétricas foram necessárias para a retirada do feto natimorto que ao exame de inspeção apresentava sinais de dismaturidade, após a ruptura da placenta, houve grande eliminação de amniótico, límpido, translúcido, ratificando a suspeita clínica de hidropisia dos envoltórios fetais. O animal permaneceu sob monitoramento devido à ocorrência de retenção de placenta. Sendo tratada com ceftiofur (2mg/kg, IM), por 5 dias, após esse período, o animal apresentou sinais clínicos adicionais, tal como apatia, anorexia, hipoquezia, distensão dos quadrantes abdominais ventrais, febre (40.0ºC) e na ultrassonografia transabdominal, foram observadas imagens sugestivas de obstrução intestinal. Sendo então realizada laparotomia exploratória a direita, onde observou-se múltiplos depósitos de fibrina, adjacente ao útero e reto e na bursa supraomental. Após 3 dias de tratamento para peritonite, com ceftiofur (5mg/kg, IV, SID), gentamicina (6,6 mg/kg/IV, SID) flunixin meglumine (1,1 mg/kg, IV, SID) e hidratação parenteral, com piora clínica, foi realizada eutanásia. Na necropsia foi observada que a origem da peritonite consistia em uma ruptura total de reto. Nos casos leves de hidropsia, a vaca chega ao fim da gestação com estado geral ruim e em virtude da distensão uterina exagerada, é comum a ocorrência de inércia uterina, como observado no caso. Normalmente o parto deve ser induzido e acompanhado. Os casos de hidroalantoide são sempre acompanhados de retenção de placenta e retardo na involução uterina com consequente metrite. Conclui-se que a hidropsia dos envoltórios fetais, deve ser considerada no diagnóstico diferencial dos transtornos obstétricos e que a peritonite séptica continua sendo uma condição clínica muito grave com prognóstico desfavorável.
Palavras-chave Gestação, líquidos fetais, peritonite
Forma de apresentação..... Painel
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