“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17288

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia geral
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Thainá Iasbik Lima
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros Luiz Otávio Guimarães Ervilha
Título Exposição simultânea a arsênio e níquel podem causar alterações hepáticas em ratos Wistar adultos
Resumo No ambiente, estamos expostos simultaneamente à vários tóxicos, entre eles o arsênio (As), um metaloide, e o níquel (Ni), um elemento de transição, que causam bioacumulação nos órgãos e intoxicação. A exposição crônica a eles pode ser responsável por efeitos adversos à saúde humana, incluindo alterações hepáticas. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da exposição simultânea ao As e Ni sobre parâmetros histológicos e enzimáticos do fígado. Para isso, ratos Wistar adultos com 70 dias de idade foram divididos em quatro grupos experimentais (n=5/grupo). Ratos do grupo controle beberam apenas água potável. Já animais do grupo controle As receberam 1mg/L do metaloide, na forma de arsenito de sódio, enquanto animais do grupo controle Ni receberam 7mg/L do elemento, na forma de cloreto de níquel. Os demais ratos foram expostos simultaneamente ao As 1mg/L e Ni 7mg/L. Todas as soluções foram fornecidas na água de beber ad libitum por 70 dias. Os ratos foram eutanasiados no dia seguinte para retirada do fígado e coleta de sangue (CEUA - 45/2021). O sangue foi centrifugado para obtenção do soro, usado para análise das enzimas AST, ALT e fosfatase alcalina utilizando testes bioquímicos da Bioclin. Fragmentos de fígado foram fixados em formalina 10% por 24 h e processados histologicamente para inclusão em parafina. Cortes histológicos com 3μm de espessura foram corados com H.E. para análises histológicas e estereológicas. Uma gratícula com 266 pontos foi projetada sobre 10 imagem histológicas digitais por animal, utilizando o programa ImageJ, sendo registrados pontos sobre parâmetros que incluíram citoplasma e núcleo de hepatócitos. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e comparados pelo teste de Tukey, utilizando o programa GraphPad Prism 7.0, considerando a significância de P < 0,05. Os resultados foram expressos como média e desvio-padrão. A exposição ao Ni não alterou a proporção de hepatócitos em animais que tiveram acesso à água contaminada (66,55 ± 1,07%) . Já os animais expostos ao As e aos dois metais simultaneamente tiveram proporções de hepatócitos diminuídas (65,30 ± 1,50; 57,62 ± 1,7%, respectivamente) em relação aos animais controles (72,38 ± 0,31%; P < 0,05). Nos grupos As, Ni e coexposição, as concentrações séricas de AST (86,0 ± 10,23; 69,75 ± 12,61; 72,40 ± 6,52), ALT (49,6 ± 2,94; 51,80 ± 3,34; 45,0 ± 2,0) e fosfatase alcalina (134,0 ± 30,64; 170,5 ± 22,91; 140,2 ± 14,10) não se alteraram em relação ao controle (70,0 ± 2,67; 49,0 ± 3,73; 174,0 ± 23,27; P > 0,05). Apesar da diminuição proporcional dos hepatócitos indicar alterações estruturais no tecido, não houve alteração nas enzimas que indicariam lesão hepática. Portanto, pode-se concluir que a exposição ao As e Ni em ratos adultos alterou somente a proporção de componentes hepáticos.
Palavras-chave toxicologia, coexposição, toxicologia
Forma de apresentação..... Painel
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