“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17263

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Agronomia
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Luan Del Rey Silva de Melo
Orientador CARLOS NICK GOMES
Outros membros Felipe de Oliveira Dias, Françoise Dalprá Dariva, Mariane Gonçalves Ferreira Copati
Título Caracteres fisiológicos e anatômicos associados com maior produção de tomate sob menor regime hídrico
Resumo Mudanças climáticas têm modificado o regime de chuvas mundialmente e, desta forma gerando insegurança para a produção de alimentos. A escassez de água é um problema preocupante para a produção de culturas como o tomateiro, pois de 93 a 95% da composição do fruto é água. Programas de melhoramento genético voltados à obtenção de cultivares tolerantes ao déficit hídrico são iniciativas recentes, porém consideradas mais eficazes e de maior custo-benefício. Esses programas visam o desenvolvimento de genótipos produtivos mesmo quando cultivados sob menor aporte hídrico. Para tal, um número elevado de genótipos é avaliado anualmente até o final do ciclo produtivo onde os dados de produção são obtidos. A seleção indireta por meio de caracteres correlacionados com produção sob baixo regime hídrico é uma forma de reduzir esse tempo. O objetivo desse trabalho foi investigar a presença de correlação entre caracteres fisiológico-anatômicos e de produção em linhagens de introgressão derivadas de Solanum pennellii, exemplar silvestre de tomateiro reconhecido por sua resistência a seca. O experimento foi conduzido em esquema fatorial 2x5, sendo dois regimes hídricos denominados ESTRESSE (50%) e CONTROLE (100% da água disponível) e cinco genótipos, sendo as linhagens IL3-5 e IL10-1 tidas como resistentes e as linhagens IL7-1 e IL2-5 tidas como sensíveis a seca em experimento anterior, e o parental M82, no delineamento de blocos ao caso, com três repetições em triplicata. As plantas foram cultivadas em vasos de 15 litros. A irrigação foi feita por meio da pesagem diária dos vasos e reposição da quantidade de água perdida. O tratamento ESTRESSE teve início 30 dias após o transplante das mudas. As variáveis estudadas foram fotossíntese (A), condutância estomática (gs), concentração intercelular de CO2 (Ci), taxa transpiratória (E), potencial hídrico foliar na antemanhã (PHF_a), condutância cuticular (gmin) e espessura da folha (ESF) coletadas seis meses após o início do estresse, e o peso total de frutos por planta (PF), mensurado ao final ciclo produtivo. Os dados dos tratamentos ESTRESSE e CONTROLE foram analisados separadamente por meio de correlação de Pearson (teste t, a=0.05). O número de correlações significativas entre as variáveis estudadas foi maior no tratamento ESTRESSE que no tratamento CONTROLE. A ESF correlacionou positivamente com o PF por planta no tratamento CONTROLE (r=0.56, p<0.05). Folhas mais espessas acomodam mais aparato fotossintético por unidade de área foliar o que pode ter gerado uma maior produção no final do ciclo. No tratamento ESTRESSE, A e gs se mostraram altamente correlacionadas (r=0.95, p<0.0001). gs é uma medida indireta da abertura dos estômatos que são a porta de entrada do CO2 na folha. Uma forte correlação positiva foi encontrada entre PF e A (r=0.72, p<0.01), gs (r=0.78, p<0.0001), e PHF_a (r=0.65, p>0.01) no tratamento ESTRESSE sugerindo essas características como importantes critérios para seleção antecipada.
Palavras-chave melhoramento genético, seleção indireta, fisiologia vegetal
Forma de apresentação..... Painel
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