“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17248

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Danielle Maria Alves Ferreira
Orientador FABIANA AZEVEDO VOORWALD
Outros membros ARTUR KANADANI CAMPOS, Isabela Normando Mascarenhas , Larissa Vaccarini Ávila, Mariana Soares da Silva
Título Infecção por Platynosomum sp. em saguis da espécie Callithrix aurita e Callithrix sp. in situ e ex situ
Resumo O sagui-da-serra (Callithrix flaviceps) e o sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita) são espécies de primatas neotropicais endêmicos da Mata Atlântica, ameaçados de extinção. Diante da necessidade da conservação dessas espécies, o Plano de Ação Nacional para Conservação dos Primatas da Mata Atlântica e da Preguiça de Coleira do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) destaca o estabelecimento e aprimoramento de programas de manejo ex situ, a esterilização de híbridos invasores, dentre outras estratégias. Dessa forma, foi consolidado o Centro de Conservação dos Saguis-da-Serra da Universidade Federal de Viçosa (CCSS-UFV), que tem como principal objetivo conservar, reproduzir e reintroduzir C. aurita e C. flaviceps na natureza. Contudo, o bem-estar em cativeiro e sucesso reprodutivo depende, dentre outras variáveis, da higidez dos animais do plantel. Sabe-se que existe uma gama de espécies de helmintos que parasitam primatas não-humanos e que possuem potencial patogênico. Há inúmeros relatos na literatura sobre infecção por Platynosomum sp. em primatas do gênero Callithrix. Este trematódeo infecta o fígado, vesícula biliar e ductos biliares, tendo como principal via de transmissão a ingestão de lagartixas ou lagartos contendo as formas infectantes. Quando não identificada e tratada, a platinosomose pode levar o animal a sérias complicações advindas do comprometimento da função hepática e obstrução dos ductos biliares. Objetiva-se relatar casos de parasitismo por Platynosomum sp. em saguis da espécie C. aurita do CCSS-UFV e Callithix sp. capturados e esterilizados. Entre o dia 06 julho de 2021 e 05 de abril de 2022, foram coletadas amostras de fezes de 15 animais e enviadas ao Laboratório de Doenças Parasitárias e Parasitologia da UFV. As amostras foram submetidas ao Método de Hoffman, Pons e Janer (sedimentação espontânea) e analisadas no microscópio para busca de ovos de parasitos. Foram encontrados ovos compatíveis com Platynosomum sp. em 7 amostras, o que representa uma prevalência de 46,6% da infecção na população amostrada. Os indivíduos infectados apresentaram sinais clínicos relacionados à perda da qualidade e integridade dos pêlos do corpo e da cauda, emagrecimento progressivo e aumento significativo das enzimas hepáticas, como fosfatase alcalina, gama glutamil transferase e alanina aminotransferase. A severidade da doença está diretamente associada com a carga, o tempo e a resposta individual do animal parasitado. Portanto, os achados deste estudo ressaltam a importância da implementação dos exames coproparasitológicos periódicos para monitoramento da saúde dos primatas do gênero Callithrix mantidos em cativeiro, visto que por meio dessa ferramenta é possível diagnosticar a presença de possíveis patógenos que, quando não identificados precocemente, podem comprometer a higidez do plantel e consequentemente, o sucesso reprodutivo visando a conservação da espécie.
Palavras-chave primatas, platinossomose, exame coproparasitológico
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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