ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Ensino médio |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | História |
Setor | Colégio de Aplicação - Coluni |
Bolsa | Não se Aplica |
Conclusão de bolsa | Não |
Primeiro autor | LUISA BATISTA VALERIO DOS SANTOS |
Orientador | FABIO LUIZ RIGUEIRA SIMAO |
Outros membros | EVANDRO RODRIGUES SAMPAIO, LUIZA MARIA PEREIRA CAMPOS |
Título | Uma “ágora digital”, um Brasil paralelo: história pública e interpretações do passado no cenário político contemporâneo |
Resumo | Esse trabalho é fruto de uma pesquisa maior, cujo fio condutor é o estudo da História Pública no mundo contemporâneo. Chamamos “ágora digital” a esse espaço criado pelas mídias digitais, onde pessoas de diversas orientações, publicam, consomem e comentam fatos atuais com argumentos históricos que sustentam seus posicionamentos. Entendemos que, ao mesmo tempo em que é um espaço de divulgação, a “ágora digital” permite também a produção e circulação de “inverdades”. Versões da história construídas de acordo com o interesse de quem as produz. E, mais que um lugar de produção de “inverdades”, a Internet é também um espaço de produção de “verdades”: narrativas que podem se tornar objeto de consumo e manipulação. Três grupos vinculados se dedicaram aos temas da política, sociedade e produção cultural no Brasil. Nosso foco, em específico, voltou-se à produção histórica em documentários. Estudamos uma das maiores produtoras de história pública hoje no Brasil: a Brasil Paralelo. A partir da seleção de uma série de vídeos, analisamos o discurso e a relação entre história e memória que mobilizam. Queremos conhecer a maneira como o material é recebido pelos telespectadores e como a empresa alcançou o sucesso que tem atualmente. Partindo da ideia de construir uma “verdadeira história do Brasil”, para além dos “vieses ideológicos” da historiografia acadêmica, como eles próprios salientam, a Brasil Paralelo procuram defender a ideia de um país exemplar e próspero através de uma história embasada em fatos, datas e nomes que “fizeram” o Brasil. Exaltam a cultura, mas não a sua diversidade. Fazem uma história sem conflitos, com forças que digladiam entre o bem e o mal. “Verdades” interessadas, onde se calam pessoas e culturas em favor de narrativas capazes supostamente indiscutíveis. Cruzamos os materiais que analisamos com posicionamentos de historiadores e material acadêmico sobre o assunto para embasar nossa análise e crítica. Em “A Última Cruzada”, por exemplo, apesar da riqueza do conteúdo, as marcas narrativas de exaltação dos grupos que “construíram” o Brasil e o silenciamento de outros reduzem a potencialidade de um material que poderia situar o telespectador em uma história condizente com um país de carências e demandas. Em “Entre Armas e Livros”, outra vez a seleção exagerada acaba por deixar elementos importantes da história de lado para servir a uma narrativa cuja intenção não é problematizar, mas culpabilizar essa ou aquela cultura de ter destruído o país. Concluímos, entre outras questões, que ao propor fazer a “verdadeira história do Brasil”, os produtores da Brasil Paralelo produzem uma narrativa distante da história-problema, deixando de fora as vozes do passado que hoje encontrariam eco nas lutas de diversos grupos sociais. |
Palavras-chave | Brasil Paralelo, Memória, História Pública |
Forma de apresentação..... | Painel |
Link para apresentação | Painel |
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