“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17232

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor Gabriela Ferreira da Silva
Orientador BENEDITO ROCHA VITAL
Outros membros Êmilly Wakim de Almeida, Felipi Costa de Alvarenga, Marlúcio Mateus Silva, Welliton Lelis Cândido
Título Potencial dos resíduos de madeira de Paricá para a produção de briquetes
Resumo O Paricá (Schizolobium amazonicum Huber ex. Ducke) é madeira nativa da Amazônia muito utilizada para a laminação e serraria, possui rápido crescimento em altura e diâmetro. Este elevado crescimento, porém, confere a madeira de Paricá uma baixa densidade média (0,40 g/cm³). Entretanto, a baixa densidade é uma característica benéfica para o setor de produção de briquetes, que objetiva transformar partículas em um sólido geométrico compacto com maior densidade e concentração de energia. A compactação da biomassa apresenta várias vantagens, como, possibilidade de utilização de resíduos, aumento do poder calorífico por unidade de volume, homogeneidade de forma e granulometria que melhoram a eficiência de queima, facilidade para manipulação, transporte e armazenamento dos briquetes. Os briquetes foram produzidos em briquetadeira de laboratório marca Lippel, modelo LB-32. O experimento foi instalado de acordo com um Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC) com três temperaturas, 120, 160 e 180 °C e uma pressão de 100 kgf/cm2, totalizando 3 tratamentos com 5 repetições. O tempo de prensagem foi de 7 minutos, o tempo de resfriamento de 6 minutos. Foram utilizados 18 gramas de partículas para cada briquete. Foram determinados o teor de umidade (%) e densidade a granel (Kg/m³) das partículas. Após a produção dos briquetes determinou-se, a perda de massa (g), densidade aparente (Kg/m³), taxa de compactação e a densidade energética (Gj/m³). Como resultados, observou-se que não houve diferença estatística da umidade das partículas, sendo a umidade média de 8,58 %. A densidade a granel média das partículas foi de 104,501 kg/m³. Já a densidade aparente dos briquetes foi de 1126,89, 1172,58 e 1192,01 Kg/m³, para os tratamentos de prensagem a 120, 160 e 180 °C, respectivamente. Portanto, notou-se que para o tratamento com maior densidade (180 °C) houve uma taxa de compactação de 11 vezes o volume inicial, este tratamento, porém, teve a maior perda de massa (7,53 g). Isto pode ser explicado pela maior temperatura de prensagem, que contribui para a maior compactação das partículas, entretanto, durante a prensagem ocorre perda de massa principalmente pela evaporação de água e volatilização de extrativos durante este processo. A densidade energética relaciona a quantidade de energia contida em um volume específico, sendo um parâmetro que avalia o potencial energético dos briquetes. É uma propriedade que está diretamente relacionada com a densidade dos briquetes e o poder calorífico das partículas e, portanto, o tratamento de prensagem a 180 °C, que teve maior densidade aparente destacou nesta propriedade com densidade energética média de 20,22 Gj/m³. Concluindo, a densificação, independentemente da temperatura, de modo geral, aumentou o potencial energético das partículas. Além disso, de modo geral o aumento da temperatura promoveu um maior taxa de compactação e consequentemente em melhores propriedades energéticas dos briquetes produzidos.
Palavras-chave Compactação, densidade energética, bioenergia.
Forma de apresentação..... Painel
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