“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17231

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Instituto de Ciências Agrárias - Campus Rio Paranaíba
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Pablo Henrique Alves de Souza
Orientador PEDRO IVO VIEIRA GOOD GOD
Outros membros Lucca Dornelas Guimaraes de Moura, Matheus Gabriel Capelani Pavan, Sinesio Flavio de Carvalho Junior, Viviane Ribeiro de Barcelos
Título Uso de geotecnologias para o mapeamento da qualidade de cafés do Cerrado e Alta Mogiana.
Resumo O Brasil possui um papel de destaque na produção mundial de café, sendo o responsável por aproximadamente um terço de toda a produção mundial. As diferentes regiões produtoras do país apresentam características que conferem à bebida do café particularidades que as identificam e distinguem no mercado nacional e internacional. Fatores como as condições climáticas, relevo, incidência solar e época de colheita contribuem diretamente para essa diversidade, caracterizando o denominado terroir. A interferência desses fatores causam mudanças diretamente na qualidade dos grãos, principalmente no que tange à qualidade sensorial da bebida, criando assim uma demanda para rastreabilidade dos processos e ambientes, bem como sua influência na qualidade. O presente trabalho teve como objetivo identificar, classificar e mapear diferentes ambientes, seus potenciais e perfis produtivos correlacionados com a produção de cafés especiais em diferentes propriedades de café. Para atingir o objetivo proposto, foram realizados testes amostrais, divididos em duas etapas, em duas fazendas do Cerrado Mineiro e e uma na Alta Mogiana. A primeira etapa correspondeu em uma visita às propriedades para a aplicação de georreferenciamento, demarcando as plantas para a realização da amostragem. Após essa etapa foram realizados a coleta dos dados de grau Brix das plantas amostradas, usando refratômetro de mão. Após o georreferenciamento as lavouras foram divididas em talhões que apresentavam características homogêneas entre si. Nos talhões foram colhidos, manualmente, um litro de grãos cereja em cinco plantas distintas de cada talhão, totalizando uma amostra composta de cinco litros. Os grãos foram manualmente separados e a porcentagem de grãos verdes, verde-cana, cereja, passa e boia foram registrados. A segunda etapa foi constituída de processos de secagem e benefício dos grãos, além da análise sensorial. O método de secagem foi realizado em casa de vegetação utilizando terreiro suspenso até que a umidade do grão atingisse aproximadamente 11.5%. Logo após, o café foi armazenado por 40 dias para passar pelo processo de beneficiamento, onde foi descascado e separados os defeitos. As amostras foram então torradas e moídas. A análise sensorial, realizada por Q-graders, forneceu parâmetros de qualidade que foram registrados e posteriormente analisados. A Análise do grau Brix possibilitou identificar o estádio de maturação dos grãos, determinando a influência das condições ambientais presentes nos talhões, que refletem na sua uniformidade. Os resultados obtidos na análise de defeitos auxiliam na determinação dos fatores responsáveis pela perda de qualidade durante os processos de condução, colheita ou beneficiamento do café. Tais análises possibilitam identificar os potenciais produtivos e de qualidade das cultivares amostradas. Conectadas ao georreferenciamento e as análises ambientais, proporcionam a criação de mapas para o rastreamento da qualidade na produção de cafés.
Palavras-chave terroir, geotecnologias, cafés especiais
Forma de apresentação..... Vídeo
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