“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17228

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Joao Santana Tomaz
Orientador ARISTEA ALVES AZEVEDO
Outros membros Daniela Pinto de Souza Fernandes
Título Vegetação nativa de Cerrado e sua relação com o alumínio disponível no solo: uma síntese dos estudos realizados na FLONA de Paraopeba/MG
Resumo O alumínio (Al) presente em solos ácidos é encontrado em sua forma trivalente, Al³+, que prejudica o crescimento e desenvolvimento de muitas plantas, por causar danos às raízes, impedindo a absorção de água e nutrientes. Plantas nativas dos solos ácidos do Cerrado apresentam mecanismos de resistência ao Al, que ainda não estão completamente esclarecidos. Elucidar tais mecanismos e identificar possíveis papéis do Al na planta é essencial para compreender as estratégias adaptativas e a evolução da flora do Cerrado. Este trabalho apresenta uma compilação de pesquisas realizadas de 2012 a 2021, sobre o acúmulo do Al em plantas coletadas no Cerrado da FLONA de Paraopeba/MG. Foram analisadas 53 espécies, de 21 famílias, e realizados: a identificação de espécies acumuladoras de Al, através de quantificação química do elemento; o levantamento de metodologias para histolocalização do Al; a localização dos sítios de acúmulo do metal, através de testes histoquímicos; análise nutricional e de parâmetros fotossintéticos de espécies acumuladoras; e estudo dos solos da FLONA. A quantificação química indicou 38 espécies acumuladoras e 15 não acumuladoras. O acúmulo de Al é comum nos estratos arbóreo, subarbustivo e herbáceo da vegetação do Cerrado. Os principais sítios de acúmulo do Al são as paredes das células da epiderme, parênquima clorofiliano, colênquima; floema; tricomas; cloroplastos e núcleos. A complexação de Al com compostos fenólicos foi observada, mas parece não ser uma estratégia padrão de detoxificação interna. Dentre as técnicas para histolocalização do Al, o reagente Chrome azurol S se mostrou mais efetivo. A análise através de microscopia confocal e de raio-X, em microscopia eletronica de varredura, auxilia na compreensão dos resultados obtidos na histoquímica e devem ser utilizadas quando possível. A presença do Al no solo não altera a absorção de nutrientes essenciais e parece atenuar a toxidez provocada por Mn e Fe. A complexação do Al com Si e Ca é uma estratégia presente entre as plantas de Cerrado e pode ser um mecanismo de detoxificação da planta. Não há diferença significativa da concentração do Al na planta em relação a sua disponibilidade entre diferentes solos da FLONA de Paraopeba. Alterações morfofisiológicas em plantas nativas de Cerrado podem estar associadas com outros fatores como, por exemplo, características físico-químicas do solo, luz e disponibilidade de matéria orgânica. O Al não altera a fotossíntese nas espécies acumuladoras, mesmo sendo evidenciada a presença do metal nos cloroplastos. O metal parece ser essencial para Borreria latifolia, pois, em sua ausência, a espécie tem o crescimento e desenvolvimento interrompido, sendo o quadro revertido com a adição deste elemento, no meio de cultivo. Os dados obtidos sugerem que o Al não é um fator limitante para a sobrevivência de plantas neste bioma, podendo ser um elemento benéfico para espécies nativas do Cerrado e até mesmo essencial.
Palavras-chave Borreria latifolia, acumuladoras de Al, histolocalização de Al
Forma de apresentação..... Vídeo
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