“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17225

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Fisiologia
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Rodrigo Consentino de Carvalho
Orientador WAGNER LUIZ ARAUJO
Outros membros Bianca Bueno Nogueira, Júlia de Paiva Gonçalves, Lucas Bretas Barbosa
Título A autofagia modula as respostas ao estresse por Alumínio em plantas
Resumo O alumínio (Al), um dos principais fatores que afeta o crescimento de plantas em solos ácidos (pH<5,0), reduz o alongamento radicular causando prejuízos na absorção de água e nutrientes levando, em última instância, à limitações no desenvolvimento e produtividade das culturas. Em plantas sob estresse, a autofagia é um dos principais sistemas proteolíticos que degrada proteínas e organelas oxidadas. A autofagia é uma via de degradação autoconservadora que recicla componentes celulares durante o desenvolvimento ou em resposta à condições de estresse. Com isso, este trabalho objetivou investigar o papel da autofagia em plantas submetidas a toxidez por Al. Para tanto, plântulas de Arabidopsis thaliana do tipo selvagem (WT) e mutantes para o processo autofágico (atg-5 e atg-7) foram distribuídas em placas de Petri estéreis contendo meio de cultivo ½ MS, em pH 4 ajustado com 1M KOH, contendo diferentes concentrações de Al (0, 50, 150 e 300 µM de Al) e crescidas em câmara de crescimento com fotoperíodo de dias neutros. As plantas foram, então, mantidas em câmara de crescimento durante 10 dias nas condições acima descritas. O crescimento em ambiente ácido e sob diferentes concentrações de Al promoveu diferentes fenótipos. Mutantes atg apresentaram maior acúmulo de Al no ápice radicular. Ademais, notou-se o início da emissão de raízes laterais em todos os genótipos, em que o fenótipo mais pronunciado foi observado em atg7-2. Plantas WT apresentaram o maior crescimento radicular para todas as concentrações de Al, ou seja, os mutantes atg mostraram-se mais sensíveis à presença de Al. Observou-se também aumento da expressão de genes autofágicos (ATG2, ATG5 e ATG7) sob a concentração de 50 µM de Al em plantas WT associado a um decréscimo gradual conforme o aumento da concentração de Al. Acredita-se que o Al cause danos ao desenvolvimento vegetal ao gerar estresse oxidativo, o que acarretaria a indução da autofagia para eliminar espécies reativas de oxigênio e organelas oxidadas. Como demonstrado, mutantes com deficiência no processo autofágico apresentaram um comprometido desenvolvimento em resposta ao estresse por Al, o que denota a importância desse processo para a fisiologia vegetal. Não obstante, pouco se sabe sobre como a autofagia modula as respostas relacionadas ao estresse por Al. Assim, este estudo pode auxiliar no melhoramento molecular para plantas de interesse econômico cultivadas em solos ácidos, visando à tolerância a este estresse.
Palavras-chave estresse abiótico, crescimento, processo autofágico
Forma de apresentação..... Painel
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