“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17195

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Solos
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor AISSA KAREN SOUZA PINTO
Orientador RAPHAEL BRAGANCA ALVES FERNANDES
Outros membros BERNARDO MAGALHAES MARTINS, Isabela Silva Kneipp do Valle, REINALDO BERTOLA CANTARUTTI
Título Efeito da disposição de efluentes da bovinocultura na qualidade do solo
Resumo A bovinocultura de leite intensiva pode gerar elevado volume de efluentes líquidos que apresentam potencial poluidor. Quando lançados de forma indiscriminada no ambiente, esses efluentes podem contaminar o solo e as águas. Uma das alternativas de forma de disposição desses resíduos é sua aplicação em solo. Entretanto, ainda são escassos os estudos para se definir doses que não comprometam a qualidade do solo e do meio ambiente. Diante deste cenário, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito da aplicação do referido efluente sobre algumas características do solo. O estudo foi realizado em duas áreas de um Latossolo Vermelho Amarelo. Uma das áreas é de cultivo frequente de milho e, por mais de uma década, recebei a aplicação de efluentes de um estábulo de criação intensiva de bovinocultura de leite. A outra área, muito próxima da primeira, nunca recebeu o efluente (controle) e sempre foi mantida com pastagem (braquiária) para o gado criado extensivamente. Nas duas áreas, amostras de solo foram coletadas de 0-20, 20-40, 40-60, 60-80 e 80-100 cm de profundidade e destinadas às análises de pH em água (relação 1:2,5 v/v), argila dispersa em água e condutividade elétrica (relação 1:5 v/v). Os resultados de pH não variaram muito nas duas áreas e ficaram entre 5,7 a 6,7, valores que não refletem a acidez normalmente encontrada nos solos da região. A área controle recebe calagem e como o pH do efluente apresenta valor médio em torno de 7,6, nota-se que ambas áreas devam merecer maior atenção para se evitar efeitos negativos sobre a qualidade do solo com valores ainda maiores de pH. A argila dispersa em água foi maior na área que recebeu o efluente nas profundidades de 0 a 20 cm e de 80 a 100 cm, em comparação ao controle. Por outro lado, de 60 a 80 cm, verificou-se o inverso. Ainda assim, essa superioridade não apresenta uma relevância prática, o que sugere que o efluente não apresenta componentes que possam contribuir significativamente com a dispersão das argilas. A condutividade elétrica foi sistematicamente maior em todas as profundidades na área que recebeu o efluente. Os incrementos em termos de condutividade elétrica na área com efluente em relação ao controle foram em torno de 40 % (0-20 cm), 75 % (20-40 e 40-60 cm), 55 % (60-80 cm) e de quase 120 % (80-100 cm). Entretanto, tais incrementos não se refletiram em aumento da dispersão de argilas, o que, muito possivelmente, se deva à ausência do sódio na composição do efluente. Outras análises de solo ainda estão sendo executadas para se avaliar outros efeitos da disposição do efluente. Os resultados até o momento sugerem que a aplicação do efluente melhora o desempenho da cultura do milho, por funcionar como uma espécie de fertiirrigação, contudo impactos na qualidade do solo merecem ser acompanhados por um programa de monitoramento. Outros componentes do complexo sortivo estão sendo avaliados para se avaliar a contribuição de outros íons no incremento da condutividade elétrica do solo.
Palavras-chave Fertirrigação, águas residuárias, disposição em solo
Forma de apresentação..... Painel
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