“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17178

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Sociologia
Setor Departamento de Ciências Sociais
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Layla Aparecida Pereira
Orientador MARIA SIMONE EUCLIDES
Título Mulheres negras e prisão: os projetos de ressocialização na Penitenciária José Edson Cavalieri de Juiz de Fora -MG
Resumo O presente resumo trata-se do Trabalho de Conclusão de Curso em andamento, intitulado por Mulheres negras e prisão: os projetos de ressocialização na Penitenciária José Edson Cavalieri em Juiz de Fora-MG e busca trazer o debate acerca dos processos de ressocialização na quebra de estigmas sobre os corpos de mulheres negras encarceradas presentes no anexo feminino Eliane Betti. Em pesquisa preliminar, tem-se que as mulheres negras encarceradas possuem uma vulnerabilidade específica: os projetos de ressocialização não são capazes de diminuir ou eliminar continuamente as máculas que as segue, baseando-se numa sociedade estruturada a partir de desigualdades e conduzida por um Estado penal que se regula através de parâmetros raciais, contribuindo para a produção de punições fundamentadas no racismo, acentuadas não só na forma punitiva como também, dentro da ineficiência de programas de ressocialização e readaptação de presidiários. Para tanto, buscamos desenvolver uma compreensão e análise da eficácia no tratamento dispensado as sujeitas privadas de liberdade, que possa contribuir na formulação de ações a esta população em específico, sugerindo o estudo dos processos de ressocialização presentes no anexo feminino Eliane Betti, para identificar se os estigmas produzidos no cárcere se manifestam de forma explícita na vida pública nos eixos de vulnerabilidade e desigualdade –traçados por raça, classe e gênero. Para atingir o objetivo proposto, parte-se de um mapeamento e levantamento sobre a história das penitenciárias no Brasil, além da análise de conteúdo e desenvolvimento de questões sobre as mulheres negras; trazendo um recorte de gênero, raça e classe na distribuição da punição; bem como as políticas de ressocialização e reabilitação através de uma observação da estrutura e condição das mesmas, focalizando nas políticas e regimentos de direitos assegurados a elas nas penitenciárias femininas. A construção do objeto de investigação está atrelada a contribuições baseadas através de uma análise interseccional de autoras como Artur (2017), Zaninelli (2015), Néia e Madrid (2015), Cunha (2010), Rodrigues (2008), Alves (2007), Priori (1998), Davis (2009) e Davis (2016), sendo fundamentais para entender essas questões deixadas de lado ao longo das mudanças sociais, possibilitando a discussão descentralizada sobre as condições sociais e de vida destas mulheres, que marcam indistintamente seus processos futuros, revelando-nos que as políticas de ressocialização advindas do Estado não são efetivas e muito menos, favorecem a autonomia financeira, trabalhista e social desses sujeitos. É importante afirmarmos que estes problemas cíclicos que envolvem o sistema carcerário só podem ser resolvidos através de políticas e ações que se fundamentam na diminuição dessas desigualdades. Na continuidade desta pesquisa buscará a partir da proposta teórica e metodológica das autoetnografias compreender as tessituras e táticas adotadas por essas mulheres na sociedade.
Palavras-chave mulheres negras, prisão, ressocialização.
Forma de apresentação..... Vídeo
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