Resumo |
O Período Especial Remoto (PER), posto em prática devido a pandemia, exigiu estratégias de ensino e iniciativas metodológicas diferentes. Para isso, o presente estudo buscou catalogar, aplicar e analisar metodologias e estratégias didáticas que proporcionassem a equalização das condições de ensino para os alunos da disciplina de LET 290- Língua Brasileira de Sinais, durante o PER, em uma IES da Zona da Mata Mineira. A pesquisa utilizou a metodologia qualitativa com foco na pesquisa ação, vinculada ao campo da Linguística Aplicada, voltado para a formação de professores e ensino de línguas. Como base teórica utilizou-se a discussão sobre as metodologias ativas, em que o aluno torna-se o centro da aprendizagem, assumindo a autonomia e a proatividade do processo. Para isso, a aprendizagem ocorre contextualizada com a realidade do aluno, gerando engajamento e maior interesse para a tomada de controle da própria aprendizagem. Inicialmente, o primeiro contato com a turma proporcionou a percepção do perfil dos alunos, as metodologias utilizadas pela professora e a percepção das dificuldades do PER. Após esse momento houve a reflexão, produção e aplicação da pedagogia de projetos, que foi o método avaliativo da disciplina, além do desenvolvimento de cinco dinâmicas, que deram base à estratégia proposta da pedagogia de projetos, sendo elas: a dinâmica com a temática “mitos e crenças”, em que os grupos de alunos identificaram mitos e crenças a partir de casos, resultando na identificação da maior parte dos mitos e crenças, além de discussões ricas; a segunda dinâmica com o tema “surdez: deficiência ou diferença”, em que os grupos selecionaram 5 palavras-chave a partir de um vídeo, a fim de formar uma nuvem de palavras, potencializou a mediação entre conhecimento e apropriação do conteúdo pelos alunos; enquanto a terceira dinâmica consistiu em um debate sobre as abordagens educacionais do oralismo, comunicação total e bilinguismo, fomentando interessantes debates, auxiliando no aprofundamento de ideias e estimulando a participação; já a quarta dinâmica abordou a fonologia da Libras, buscando exemplificar na prática os conceitos que constituem a gramática da Libras e proporcionar a prática da sinalização; e, por fim, a quinta dinâmica foi a autoavaliação do desenvolvimento dos projetos, que auxiliou na reflexão do processo de aprendizagem proporcionado pela desenvolvimento dos projetos, além de auxiliar os alunos a pensarem como agir futuramente em situações semelhantes. Concluímos que a inclusão de tecnologias e metodologias ativas na elaboração de atividades aumentou a participação e engajamento dos alunos com o conteúdo e entre si, auxiliando que os alunos estivessem em dia com a matéria e exercitando a criatividade e o pensamento crítico perante ao conteúdo. Em relação ao desenvolvimento dos projetos, notou-se o desenvolvimento da autonomia e proatividade na busca de respostas para as questões problematizadoras que motivaram os projetos dos alunos. |