ISSN | 2237-9045 |
---|---|
Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Pós-graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Agrárias |
Área temática | Educação |
Setor | Departamento de Economia Rural |
Bolsa | CAPES |
Conclusão de bolsa | Não |
Apoio financeiro | CAPES |
Primeiro autor | Paula Cristiane Trindade Gonçalves |
Orientador | MARIA ALICE FERNANDES CORREA MENDONCA |
Título | Mulheres agricultoras familiar: a construção de instrumentos de pesquisas em prol da equidade de gênero |
Resumo | As relações de gênero no processo de industrialização agrícola, colocam a mulher a cargo dos serviços domésticos e os homens a cargo das atividades com remuneração, sendo essa uma característica marcante da divisão sexual do trabalho (KERGOAT, 2003). Nesse contexto, o papel da universidade pode ser fomentar os debates acadêmicos e científicos pautados em evidências que ajudem a compreender a realidade social em sua complexidade. Minha pesquisa de mestrado, intitulada OS PAPÉIS DA MULHER AGRICULTORA FAMILIAR NO SISTEMA DE INTEGRAÇÃO AGROINDUSTRIAL: O TRABALHO PRODUTIVO, REPRODUTIVO E A CONDIÇÃO CAMPONESA, usa metodologias participativas de coleta de dados, a fim de compreender em profundidade os modos de vida de agricultoras familiares que trabalham no sistema de integração da avicultura. A pesquisa ocorre em parceria com o projeto de pesquisa-ação GENgibre (parceria entre pesquisadoras de Minas Gerais, São Paulo e do instituto de pesquisa da França -IRD), e está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Aqui, pretendo ressaltar o uso de metolodogias participativas nas ciências sociais para a reflexão sobre as desigualdades de gênero. Como instrumento metodológico para coleta de dados da minha pesquisa, o qual foi construído junto ao Projeto GENgibre, utilizo o Etnomapeamento da propriedade. O Etnomapeamento caracteriza-se como um mapa desenhado pelas mulheres agricultoras, com o apoio das pesquisadoras, indicando a localização dos espaços de cultivo e criações existentes na propriedade, ao mesmo tempo em que registram-se os conhecimentos das mulheres sobre os tempos e usos desses espaços. O Etnomapeamento visa caracterizar a divisão sexual do trabalho nos espaços da propriedade, na produção e nos fluxos econômicos dentro e fora da propriedade. Tal instrumento requer, de todas envolvidas na pesquisa, um olhar crítico, cuidadoso e investigativo sobre a realidade na qual essas mulheres se inserem. Ao final da coleta de dados, o mapa fica com a agricultora, como uma ferramenta de reflexão. A semelhança do que se tem feito com o uso das Cadernetas Agroecológicas (CTA-ZM) na região da Zona da Mata, o Etnomapeamento é um instrumento, para além da pesquisa, político-pedagógico. O contexto amplo desta pesquisa é refletir a construção de sistemas agroalimentares sustentáveis, que estabeleçam relações sociais mais justas e a inclusão socioeconômica de mulheres agricultoras nos espaços de visibilidade da sociedade. REFERÊNCIAS KERGOAT, Danièle. “Divisão sexual do trabalho e relações sociais de sexo”. In HIRATA, Helena; LABORIE, Françoise; LE DOARÈ, Hélène; SENOTIER, Danièle (org.). Dicionário Crítico do Feminismo. São Paulo: UNESP, pp. 67-75, 2009. |
Palavras-chave | Agricultura familiar, Gênero, Sistemas agroalimentares. |
Forma de apresentação..... | Painel |
Link para apresentação | Painel |
---|