“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17146

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Marcus Phelipe Caires Amorim
Orientador RODRIGO SIQUEIRA BATISTA
Outros membros Andréia Patrícia Gomes, Farley Reis Rodrigues, Marli do Carmo Cupertino, Ricardo Alves Ferreira
Título Biologia dos extremófilos e terapia antimicrobiana: interseções
Resumo Introdução. A Astrobiologia constitui uma área da ciência que possui como parte do seu escopo o estudo dos organismos extremófilos. Esses seres vivos possuem adaptações metabólicas necessárias à obtenção de energia, tornando-os aptos a ocuparem habitats tradicionalmente inóspitos à vida. Levanta-se, então, o questionamento sobre a existência, nesses organismos, de mecanismos bioquímicos que possam ser úteis aos estudos dirigidos à terapêutica antimicrobiana. Objetivo. Revisar a literatura acerca dos eventuais impactos da biologia dos extremófilos na terapia antimicrobiana. Métodos. Empreendeu-se pesquisa bibliográfica com estratégia de busca definida, com textos publicados até 30/06/2022, a partir dos descritores disponíveis no DeCS [decs.bvs.br] e da consulta às bases ScienceDirect (SD) [www.sciencedirect.com] e PubMED (PM) [pubmed.ncbi.nlm.nih.gov]: (1) “Anti-Bacterial Agents”; (2) “Drug Resistance, Microbial”; (3) “Extremophiles”; e (4) “Extreme Environments”. Os descritores foram combinados em quatro estratégias: Primeira - (1) + (3) = SD: 78 citações, PM: 51 citações; Segunda - (1) + (4): SD: 142 citações, PM: 42 citações; Terceira - (2) + (3): SD: 76 citações, PM: 16 citações; Quarta - (2) + (4): SD: 1 citação, PM: 3 citações. Resultados. Identificaram-se 409 citações, cujos títulos e resumos foram lidos; selecionaram-se, ato contínuo, sete artigos, escolhidos com vistas à abordagem do objetivo supramencionado (Environ Microbiol Rep 2022, 14: 385-90; Microbial Extremozymes, 2022, p. 89-109; Microb Pathog 2020, 143: 104140; New and Future Developments in Microbial Biotechnology and Bioengineering Microbial Biomolecules, 2020, pp. 247-270; Extremophiles 2012, 16: 697-713; Curr Opin Biotechnol 2002, 13:253-61; Extremophiles 2000, 4: 77-82). Os resultados iniciais da revisão bibliográfica apontam para um conjunto notável de microrganismos que desenvolveram estratégias para sobrevivência em ambientes extremos. Duas frentes principais de pesquisa podem ser divisadas: (i) a identificação de organismos dotados de mecanismos de resistência aos antimicrobianos, inclusive com a proposta de caracterização de “extremófilos resistentes a antibióticos” (antibiotic-resistant extremophiles – ARE); e (ii) a possibilidade de desenvolvimento de novos fármacos a partir dos mecanismos moleculares de sobrevivência, pois tais organismos são potenciais fontes de produtos inovadores em biotecnologia com possível aplicabilidade na indústria farmacêutica. Conclusões. O presente estudo destaca possíveis interseções entre a biologia dos extremófilos e a terapia antimicrobiana. A continuidade do levantamento bibliográfico poderá contribuir para o entendimento das aplicações biotecnológicas de moléculas produzidas por tais seres vivos – com destaque para as arqueas (arqueobactérias), as bactérias e os fungos –, cujos impactos poderão ser decisivos à compreensão dos mecanismos de resistência microbiana e ao desenvolvimento/reposicionamento de fármacos anti-infecciosos.
Palavras-chave Antibacterianos, Extremófilos, Resistência Microbiana a Medicamentos.
Forma de apresentação..... Painel
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