“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17123

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia geral
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Izabela da Silva Lopes
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros Luiz Otávio Guimarães Ervilha, Mírian Quintão Assis, Thainá Iasbik Lima
Título Efeito da exposição prolongada ao níquel sobre a histologia óssea
Resumo O níquel (Ni) é um elemento de transição classificado como um metal pesado, com alta capacidade de se acumular e causar reações tóxicas no organismo. A exposição ao Ni pode ocorrer devido a atividades antrópicas, como mineração, ou ocupacionais, durante a produção de ligas de Ni. Além disso, fontes naturais, como lixiviação de rochas e sedimentos, podem disponibilizar o Ni presente na crosta terrestre, causando a contaminação de fontes hídricas. Estudos mostram que a exposição ao Ni pode afetar diferentes órgãos e tecidos, dependendo da concentração, via de exposição e tempo de contato. Considerando a capacidade do tecido ósseo em absorver e reter metais pesados, o presente estudo testou a hipótese de que a exposição ao Ni na água de beber é capaz de causar danos aos ossos de ratos Wistar adultos. Para isso, foram utilizados 10 machos com 70 dias de idade, divididos aleatoriamente em dois grupos experimentais (n=5/grupo). No grupo controle (GC), os ratos tiveram acesso a solução salina 0,9% como água de beber, enquanto animais do grupo Ni (GN) receberam 7mg L-1 de cloreto de níquel na água de beber ad libitum. Após 70 dias de tratamento, os animais foram pesados e eutanasiados (CEUA, nº processo 45/2021). Os ossos foram removidos, dissecados, fixados em solução de formalina tamponada a 10% e descalcificados em solução descalcificadora de ácido nítrico. Com o material descalcificado, as regiões da diáfise e da epífise proximal foram desidratadas em série crescente de etanol e processadas para inclusão em historesina. Cortes histológicos com espessura de 3µm foram obtidos utilizando micrótomo rotativo, sendo corados com hematoxilina e eosina e avaliados quanto a parâmetros morfométricos. Dez campos histológicos de cada região por animal foram fotografados usando microscópio óptico acoplado a câmera digital. As imagens digitais da região da epífise foram analisadas no programa ImageJ. Uma gratícula com 266 intersecções foi projetada sobre cada imagem digital, sendo contabilizados os pontos coincidentes sobre componentes do tecido ósseo, como medula óssea e tecido ósseo esponjoso. Já imagens da região da diáfise foram analisadas no software Image ProPlus, sendo obtida a medida em micrômetros da região cortical do osso. Os dados foram analisados pelo teste t de Student (p < 0,05), sendo os resultados expressos como média ± desvio padrão. O diâmetro médio do osso cortical não foi alterado pela exposição ao Ni (GC: 331,12 ± 10,17µm; GN: 324,98 ± 5,70µm; p > 0,05). Por outro lado, a proporção de osso esponjoso aumentou em ratos expostos ao Ni (44,36 ± 2,82%) quando comparada aos animais controle (38,66 ± 2,56%). A proporção de medula óssea foi menor em ratos expostos ao níquel (55,63 ± 2,82%) que o observado em ratos controle (61,33 ± 2,56%). Pode-se concluir que a exposição ao Ni alterou a proporção dos componentes ósseos sem alterar o diâmetro da região cortical.
Palavras-chave Toxicologia, metais, osso
Forma de apresentação..... Vídeo
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