“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17117

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Ana Alice Pimenta Pereira
Orientador ABELARDO SILVA JUNIOR
Outros membros João Victor Badaró de Moraes, Jordano Alexandre de Carvalho, Júnio César Santos, Larissa Lana de Paula Leber
Título Construção de soroteca anti - Senecavirus A e desenho de gene quimérico para a expressão de proteínas recombinantes em E. coli
Resumo A suinocultura no Brasil é uma atividade rentável que tornou o país o quarto maior produtor de carne suína do mundo. Nesse contexto, o Senecavirus A (SVA) é um agente viral que merece destaque, visto que pode acarretar prejuízos significativos ao setor. O SVA já foi descrito em vários rebanhos do país. O vírus é responsável por causar doença vesicular, clinicamente indistinguível de infecções vesiculares virais clássicas, incluindo a Febre Aftosa, causando embargos nas propriedades e abatedouros. Não há tratamento específico e a prevenção ocorre principalmente por medidas de biossegurança. Entretanto, ainda não existem testes padronizados para a detecção do agente no campo. Dessa maneira, este estudo tem como objetivo a expressão de uma proteína quimérica, desenhada a partir de genes recombinantes de SVA em E. coli e a confecção final de um teste de imunocromatografia de fluxo lateral. Utilizando a sequência da proteína de capsídeo VP2 do SVA foram realizados seleção de epítopos para construção do gene quimérico pelos programas BepiPred, IEDB e ABC Pred. As regiões foram ainda sobrepostas na conformação tridimensional do capsídeo pela plataforma PDB e a predição da estrutura terciária da proteína final foi analisada pelos softwares CHIMERA e I-TASSER. Visando a padronização dos soros que serão posteriormente utilizados para uniformizar os futuros kits rápidos, foi construída uma soroteca de amostras positivas e negativas utilizando o ensaio de soroneutralização in vitro. Para isso, foram utilizadas 25 amostras de suínos de granja comercial da região de Ponte Nova/MG, 48 de javalis de vida livre e 52 de catetos. Os soros foram distribuídos em microplacas de 96 cavidades, sendo a primeira coluna reservada para o controle de células e a primeira linha para o de citotoxicidade. As diluições foram feitas entre as linhas B e H na base 2 de forma crescente do soro, desde 1:2 até 1:128. Também foram feitos testes com a placa invertida, permitindo com que fossem realizadas uma maior quantidade de diluições, sendo elas de 1:512 até 1:2048. Depois desse procedimento, cada cavidade recebeu uma alíquota viral e a leitura foi realizada após 72 horas de incubação. Concomitantemente, o plasmídeo vetor pet28a (+), contendo o gene quimérico foi obtido pela empresa FASTBIO e sua clonagem realizada em DH5α a fim de amplificar o material genético. Nos resultados de soroneutralização observou-se neutralização de anticorpos em diferentes títulos de anticorpos (≥128, 128, 1024, 512, 2048, 512 e 16) nas categorias de javalis e suínos domésticos, sendo 1 javali considerado positivo (1/48) e 17 suínos domésticos apresentaram resultados positivos (17/25). Assim, sugere-se a circulação do SVA nas granjas de suínos na Zona da Mata, além de uma possível circulação em ambiente silvestre. Ademais, a construção do gene quimérico pode ser um primeiro passo para a produção de outros métodos de detecção indireta e rápida do SVA.
Palavras-chave Senecavirus A, Imunocromatografia de fluxo lateral, Diagnóstico.
Forma de apresentação..... Painel
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