“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17114

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ecologia
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Millena Cristhina Dias Correia
Orientador FREDERICO FALCAO SALLES
Outros membros Ana Dária Leite Viana, CARLOS FRANKL SPERBER, Pedro Rodrigues Junior, Rodolfo Mauricio Castillo Velásquez
Título Fauna de Plecoptera (Insecta) da Bacia do Rio Doce: composição e distribuição
Resumo Em novembro de 2015 a atenção da mídia e do governo voltou-se para a bacia do Rio Doce, onde o rompimento da barragem de rejeito de mineração de Fundão em Mariana liberou mais de 60 milhões de m³ de rejeito de mineração ao longo do Rio Doce, entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Para entender o efeito do desastre e as medidas necessárias para restabelecer as dinâmicas ecológicas que garantem a vida no rio, é necessária uma avaliação além da caracterização limnológica da água. Os macroinvertebrados são ótimos bioindicadores de pressões antrópicas em ecossistemas aquáticos por apresentarem alta riqueza de táxons com diferentes níveis de sensibilidade ao estresse. A ordem de insetos aquáticos Plecoptera é composta pelas subordens, Arctoperlaria e Antarctoperlaria, com 16 famílias e cerca de 3.700 espécies descritas. Na região Neotropical estão presentes seis famílias, das quais duas são registradas para o Brasil, sendo: Gripopterygidae, com quatro gêneros e 57 espécies, e Perlidae, com quatro gêneros e 142 espécies. Conforme a literatura, os plecópteros são considerados altamente sensíveis à degradação ambiental. Posto isto, a ordem Plecoptera é um grupo de grande importância no trabalho de biomonitoramento ambiental, juntamente com as ordens Ephemeroptera e Trichoptera (EPT). A finalidade deste trabalho é identificar as espécies de Plecoptera com ocorrência ao longo da bacia e mapear as suas distribuições, fornecendo, assim, informações básicas e fundamentais para a compreensão dos fatores que determinam a sua presença na bacia. Esse levantamento, além de fornecer informações sobre a distribuição do grupo, pode ser importante para a avaliação de aspectos da dinâmica ecológica da bacia. O método utilizado para o levantamento incluiu a busca pelas plataformas do Catálogo Taxonômico da Fauna Brasileira, GBIF, e lista de tombos de material entomológico Museu de Entomologia da UFV e Coleção Zoológica Norte Capixaba da UFES, além da conferência de artigos no Web of Science incluindo os termos “Plecoptera”, “Minas Gerais” e “Espírito Santo” e posteriormente filtradas para incluir apenas os táxons que foram encontrados nas áreas da Bacia do Rio Doce. Adicionalmente, a metodologia incluiu o material de ninfas e adultos, coletados em janeiro de 2022, em 15 pontos ao longo da bacia. Todos os dados foram planilhados e devidamente georreferenciados. Foi levantado um total de 63 espécies, distribuídas em sete gêneros e duas famílias. A amostragem realizada resultou em um registro inédito para Minas Gerais, Anacroneuria atrifrons, e dois para a Bacia do Rio Doce, Anacroneuria mineira e Anacroneuria itatiaiensis. Conhecer as espécies que ocorrem em uma área e como estão distribuídas é de grande relevância para as novas tomadas de decisões na delimitação e caracterização das áreas de conservação como também para estabelecer medidas necessárias de manejo com a finalidade de atenuar impactos causados por desastres ambientais.
Palavras-chave Biomonitoramento, Insetos aquáticos, Plecópteros
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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