“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17098

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Bioquímica
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor João Victor Gonçalves Maffia
Orientador ELIZABETH PACHECO BATISTA FONTES
Outros membros Eugenio Ribeiro de Andrade Neto, Fredy Davi Albuquerque Silva, Marco Aurelio Ferreira
Título Inativação do gene NISP, por CRISPR/Cas9, para diminuição da suscetibilidade a begomovirus em Arabidopsis thaliana
Resumo Como o maior gênero da família Geminirividae, Begomovirus possui espécies com um amplo espectro de infecção em monocotiledôneas e dicotiledôneas cultiváveis, resultando em danos diversos na produção agrícola. Tendo em vista a alta gama de hospedeiros, as estratégias para driblar sistemas de defesa antivirais são sofisticadas e eficientes, tornando necessário o desenvolvimento de mecanismos moleculares capazes de fornecer proteção duradoura contra o vírus. Em parâmetros de dinâmica viral, sabe-se que o vírus usufrui de algumas proteínas do hospedeiro essenciais ao seu ciclo de vida. Dois genes previamente identificados, NISP (NSP-Interacting syntaxin 6-domain-containing protein) e NIG (NSP-interacting GTP-ase), codificam proteínas imprescindíveis para o movimento intracelular do begomovírus, cujos nocautes não interferem no desenvolvimento das plantas. Sendo assim, o objetivo da investigação foi utilizar o sistema CRISPR/Cas9 para obtenção do mutante duplo nig/nisp em Arabidopsis, visando obter resistência recessiva e duradoura, o que poderia fornecer proteção de amplo espectro. Essa técnica molecular baseia-se em mecanismos de defesa natural de bactérias que inviabilizam o material genético de invasores por intermédio da Cas9. Dessa forma, RNAs guias foram desenhados a fim de direcionar a nuclease à região do gene NISP onde, atuando como uma “tesoura molecular”, clivaria o DNA na região pareada e, através dos mecanismos de reparo natural das células, poderia haver deleção ou adição de bases nitrogenadas, silenciando o gene-alvo. Após a obtenção de linhagens mutantes, a inserção da construção CR-NISP no genoma de Arabidopsis nig nocaute foi confirmada por PCR em pelo menos 20 transformantes. Para a confirmação da mutação no gene alvo NISP nos transformantes T1, foram desenhados primers flanqueando a sequência alvo do RNA guia no gene NISP. O fragmento amplificado de 700 bp foi subsequentemente digerido com a enzima EcoNI. O alelo selvagem do gene NISP contém um sítio para esta enzima de restrição sobrepondo à sequência alvo do RNA guia. Após a mutação promovida pela atuação da Cas-9, este sítio é perdido. Dos vinte transformantes independentes diagnosticados, em pelo menos nove, o fragmento amplificado de NISP (700 bp) foi derivado de dois alelos: um resistente à digestão com EcoNI (alelo mutado de 700 bp) e um digerido com a enzima (alelo selvagem), gerando dois fragmentos de 300 e 400 pb. Este padrão de digestão resultou em três fragmentos, 700 bp (alelo mutante), 300 e 400 pb (alelo selvagem) permitindo o diagnóstico da mutação ocorrida no gene NISP. As plantas T1 contendo os alelos selvagem e mutante geraram as sementes T2 para a análise de segregação e, baseando-se nas leis de segregação de alelos independentes, o genótipo alvo da pesquisa seria a ausência do gene Cas9 e o gene NISP modificado em homozigose. Experimentos estão em progresso avançando gerações a fim de obter linhagens em homozigose para os dois alelos mutados.
Palavras-chave Genes de suscetibilidade, Arabidopsis, Silenciamento Gênico
Forma de apresentação..... Vídeo
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