Resumo |
A distinção entre sementes haploides daquelas oriundas de fertilização regular é um ponto chave na produção de linhagens duplo-haploides. Para tal, utiliza-se um marcador de embrião roxo, codificado pelo fator de transcrição R1-nj. No entanto, a expressão deste marcador é afetada pelo ambiente e base genética do doador. Visto isso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do marcador R-nj via citometria de fluxo e vigor de plântulas. Para isso foram avaliados haploides do cruzamento entre o indutor KHI e cinco genótipos de milho pipoca, denominadas 1, 2, 3, 4 e 5, utilizando o delineamento inteiramente casualizado (DIC), com três repetições e parcelas de duas linhas de três metros. As sementes colhidas de cada tratamento foram classificadas de acordo com a coloração do endosperma e embrião - sementes com endosperma roxo e embrião branco foram consideradas haploides. Através da razão entre o número de sementes haploides e o total de sementes avaliadas (TSA) estimou-se taxa de indução com base no marcador R-nj (TIR-nj). Estas sementes foram germinadas em papel germitest em câmara de germinação por 72 horas. As plântulas com baixo vigor (folhas estreitas, radículas e coleóptilo menores) foram confirmadas como haploides, as demais plântulas foram classificadas como falsos positivos (FP). A partir da razão entre o número de falsos positivos e o TSA obteve-se a estimativa da frequência de falsos positivos com base no vigor (FFPv). O DNA foi quantificado via citometria de fluxo (CF). Com os resultados da CF foi possível estimar a frequência de falsos positivos (FFP) para cada genótipo. A partir da estimativa de FFP foi feita a correção da TIR-nj, através da expressão: TI=TIR-nj (TIR-nj×FFP), em que TI é a estimativa da taxa de indução corrigida pela CF. A TIR-nj variou de 1.41 a 5.43%, para os genótipos 2 e 1 respectivamente, enquanto TI variou de 1.47 a 0% para os mesmos genótipos, indicando que o R1-nj não é eficiente para estimar a taxa de indução para todos os genótipos. As estimativas FFPv foram menores do que as FFP, ou seja, o vigor não eliminou todos os falsos positivos. A variável TI foi submetida à análise de variância, sendo significativa aos níveis de 1 e 5% de probabilidades pelo teste F. As médias de TI foram comparadas através do teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os genótipos 2, 4 e 5 apresentaram as maiores médias de taxa de indução, no entanto, não houve diferença estatística entre os mesmos. |