“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17084

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ecologia
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Pedro Rodrigues Junior
Orientador FREDERICO FALCAO SALLES
Outros membros Álvaro Domingues Ataide, Ana Dária Leite Viana, CARLOS FRANKL SPERBER, Pedro Bonfá Neto
Título Levantamento de Ephemeroptera (Insecta) da bacia do rio Doce
Resumo O rio Doce é um rio interestadual que nasce na Serra da Mantiqueira, no município de Ressaquinha em Minas Gerais. O rompimento da barragem de Fundão em Mariana, ocasionou, além de imensuráveis prejuízos socioambientais, perda da diversidade biológica. A utilização de insetos aquáticos como bioindicadores pauta-se no fato de que esses organismos atendem a critérios fundamentais: fácil mensuração, sensibilidade a estressores, resposta previsível a estresses antropogênicos e resposta conhecida a distúrbios, refletindo o estado de um sistema ecológico. Os efemerópteros são um dos grupos de insetos aquáticos mais diversos da América do Sul, apresentando 14 famílias, 116 gêneros e 716 espécies. No Brasil são conhecidas dez famílias, 85 gêneros e 426 espécies. Os organismos da ordem Ephemeroptera estão presentes e são abundantes na maioria dos meso-habitats aquáticos disponíveis. Para que estudos de biomonitoramento possam ser realizados com sucesso, ou de forma mais efetiva, torna-se importante o conhecimento sobre a fauna do local estudado. Tendo isso em vista, o presente trabalho tem como objetivo geral integrar o conhecimento a respeito da distribuição da fauna de Ephemeroptera da bacia do Rio Doce. Para tal, serão consultados dados de literatura, de coleções zoológicas, complementados por dados provenientes de coletas recentes na bacia. Este levantamento, além de fornecer informações relevantes sobre a distribuição do grupo, assume importância na avaliação de aspectos atuais da dinâmica ecológica da bacia. O método utilizado para o levantamento incluiu a busca pelas plataformas digitais “Ephemeroptera of the World”, “Ephem Brazil'', “Lista de Espécies da Fauna do Brasil'' e "Global Biodiversity Information Facility''. Além disso, foram consultadas dados provenientes da coleção úmida do Museu de Entomologia da UFV e da Coleção Zoológica Norte Capixaba da UFES e o Livro Vermelho da Biota Aquática do Rio Doce Ameaçada de Extinção. Ademais, foi feita a conferência de artigos científicos no Web of Science que incluíam os termos “Ephemeroptera” e "Southeastern Brazil”, posteriormente filtrados em “Minas Gerais” e “Espírito Santo”, a fim de obter apenas os táxons que foram registrados nas áreas delimitadas pela bacia do rio Doce. Adicionalmente, a metodologia incluiu o material coletado (ninfas e adultos) em janeiro de 2022 em 15 pontos de amostragem ao longo da bacia. Foi levantado um total de 117 espécies, distribuídas em 50 gêneros e oito famílias. Do material obtido da amostragem em campo, foram identificados 30 gêneros a, sendo 27 a partir de adultos e 13 de imaturos. A amostragem, ainda preliminar, também resultou no registro de um táxon inédito para a bacia do rio Doce, o gênero Tikuna. Estudos de levantamento como este têm papel importante na delimitação de áreas prioritárias para conservação e na deliberação de planos de manejo que visem a mitigação de impactos oriundos de tragédias ambientais.
Palavras-chave Macroinvertebrados aquáticos, Insetos aquáticos, Ecologia
Forma de apresentação..... Painel
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