“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17078

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro UFV
Primeiro autor Beatriz Diniz de Castro
Orientador LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE
Outros membros Leandro Caldeira Rodrigues, Valéria de Fatima Silva
Título Programa Conservador da Zona da Mata: custos iniciais de recomposição florestal em áreas protegidas por diferentes técnicas
Resumo A restauração de áreas, principalmente aquelas protegidas por lei e com uso alternativo, torna urgente, principalmente levando-se em conta o atual cenário de degradação da Mata Atlântica e crise climática . A revegetação dessas áreas contribui com diversos serviços ecossistêmicos, como controle da erosão, regulação do ciclo hidrológico, manutenção da biodiversidade, corredores ecológicos, estoque de carbono e mitigação das mudanças climáticas. Sendo assim, a recomposição florestal, evidentemente, é uma medida chave para garantir a sustentabilidade do bioma Mata Atlântica. O objetivo do trabalho foi validar, por meio de uma implantação demonstrativa, o custo de três técnicas de recomposição da vegetação nativa: Plantio Total de Mudas (PTM), Sistema Agroflorestal (SAF) e Regeneração Natural Assistida (RNA). A unidade demonstrativa (UD) foi implantada no Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais– campus Rio Pompa, na cidade de Rio Pomba-MG. A área da UD foi de 0,8 hectares, igualmente dividida entre as técnicas, em uma área de preservação permanente (APP). No tratamento 1 foi feito o PTM, que intercalou mudas de espécies arbóreas de recobrimento e diversidade, com o objetivo de resultar na substituição gradual ao longo do tempo. O espaçamento foi de 3x2 metros e o plantio foi realizado após o preparo da área com coveamento, roçadas e coroamento das mudas. Além disso, foi aplicado calcário, adubos e formicida, para garantir um melhor desenvolvimento. Já o segundo tratamento, o SAF, consiste na integração de árvores e espécies agrícolas diversificadas, onde se mantém a produção, promovendo maiores benefícios ambientais, econômicos e sociais. Neste caso foram plantadas espécies arbóreas, frutíferas, juçara, bananeira, café e gliricídia. A área também foi preparada para o plantio, da mesma forma que o PTM. O terceiro tratamento foi de RNA em que as espécies regenerantes foram conduzidas com o mínimo de intervenção possível, apenas para potencializar a habilidade natural destas. Foram feitas roçadas e coroamentos em torno dos regenerantes e aplicação de adubo e formicida. Essa é uma técnica que se baseia na natureza e possui um bom custo-benefício para ganhar escala na recomposição da vegetação. Feita a análise financeira de cada técnica, chegamos ao valor total por hectare (R$/ha) para cada um dos tratamentos. O PTM teve um custo de R$ 15.872,24ha-1; o SAF de R$ 13.141,12 ha-1 e RNA de R$ de 2.440,59ha-1. A análise financeira e a popularização dessas técnicas de recomposição florestal são extremamente importantes para os proprietários rurais e os gestores municipais, para que eles tenham autonomia e segurança para atuarem em prol da restauração. A RNA se mostrou uma técnica simples e de baixo custo, porém é mais lenta no processo de recobrimento. O SAF se torna mais atrativo que o PTM uma vez que se espera um retorno financeiro mais rápido com a produção de espécies agrícolas, acabando com a iliquidez das culturas arbóreas perenes.
Palavras-chave restauração florestal, análise financeira, Mata Atlântica
Forma de apresentação..... Painel
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