“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17077

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Fitopatologia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Gabriel Brandão Timo
Orientador ACELINO COUTO ALFENAS
Outros membros Fernando Montezano Fernandes, RAFAEL FERREIRA ALFENAS
Título Variabilidade genética e especialização de hospedeiros de Ceratocystis fimbriata
Resumo A murcha-de-ceratocystis, causada pelo fungo Ceratocystis fimbriata, é uma doença letal que ocorre em diversas espécies florestais e agronômicas, apresentando sintomas como “die back”, cancro, escurecimento radial do lenho, murcha e morte da planta. Por ser uma doença vascular, as medidas de controle são baseadas principalmente na imunização genética. Entretanto, para a seleção de genótipos resistentes, é fundamental o conhecimento sobre a variabilidade genética e fisiológica na população do patógeno. Assim, o objetivo deste trabalho foi acessar a variabilidade genética e determinar a especialização por hospedeiros de uma população de 607 isolados de C. fimbriata, obtidos de diferentes hospedeiros e regiões do Brasil. Para estudo da variabilidade genética, foi gerada uma rede de haplótipos baseada em 14 loci polimórficos SSR dos 607 isolados de C. fimbriata, na qual observou-se uma clara separação dos isolados em relação ao hospedeiro de origem. Para determinar a especialização por hospedeiros, 11 isolados de diferentes grupos genéticos foram selecionados e posteriormente inoculados em 9 diferentes hospedeiros As inoculações foram feitas por meio de um ferimento na base do caule, no qual foi inserido discos de micélio dos diferentes isolados. Como controle foram depositados apenas discos de meio de cultura MEYA. O experimento foi montado em delineamento inteiramente casualizado, com 5 repetições por isolado. A severidade da doença foi avaliada aferindo-se o comprimento da lesão no lenho 60 dias após a inoculação ou quando a planta apresentava sintomas de murcha. Por fim, foi utilizado o método da isca de cenoura para re-isolar o fungo das plantas inoculadas e os dados foram analisados para cada tratamento sendo submetidos à análise de variância e ao Teste de Tukey, usando o software R Studio. Foram observadas diferenças no comprimento da lesão do xilema causada pelos isolados de C. fimbriata entre os 9 hospedeiros testados. Tectona grandis, F. carica, M. indica e Eucalyptus sp. apresentaram sintomas de murcha e as plantas controle permaneceram assintomáticas. Embora na análise genética tenha sido observada uma clara separação das populações do fungo em relação ao hospedeiro, apenas os isolados provenientes de T. cacao e C. guianensis apresentaram especificidade de hospedeiro. Ficus carica foi considerado um hospedeiro universal, por ter sido altamente suscetível a todos os isolados testados. Este estudo mostrou que não há uma correlação entre a estruturação genética e fisiológica de C. fimbriata, e que há uma alta variação na agressividade dos isolados, bem como a capacidade de um isolado ser patogênico para um hospedeiro diferente do seu original. Visando otimizar a seleção de cultivares resistentes em programas de melhoramento genético, é fundamental realizar uma triagem preliminar com isolados de diferentes hospedeiros, buscando os mais agressivos, a fim de obter cultivares com características robustas e de resistência durável no campo.
Palavras-chave Patogenicidade, murcha-de-ceratocystis, marcador SSR
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,66 segundos.