“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17071

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde - Campus Florestal
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Paulo Antônio Pimentel
Orientador EDUARDO GUSMAO PEREIRA
Outros membros Isabela Rezende Tonhi, Moisés Alves de Sousa
Título Tolerância à dessecação e capacidade de reidratação em Velloziaceae do campo rupestre ferruginoso cultivadas em estéril de mineração
Resumo Os campos rupestres ferruginosos, também conhecidos como Cangas, são afloramentos rochosos ricos em ferro e apresentam uma alta biodiversidade vegetal. Esse ambiente é caracterizado por solos pobres em nutrientes, sazonalidade hídrica e ricos em metais, motivo pelo qual está sob constante ameaça do setor mineral. O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de minério de ferro, porém essa atividade gera impactos socioambientais em diversos níveis, entre eles a formação de pilhas de disposição de estéril (PDE).Para a restauração da área degradada é necessário que sejam selecionadas espécies que são adaptadas a essas condições de estresse e de ocorrência natural na região. Neste sentido, a família Velloziaceae é conhecida pelo fato de muitas das suas espécies serem tolerantes à dessecação e ocorrerem em áreas de Campo Rupestre. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar se as estratégias fisiológicas de tolerância à dessecação são mantidas em duas espécies de Velloziaceae expostas ao substrato de PDE. As espécies Vellozia compacta e Vellozia caruncularis foram transplantadas em dois tipos de substrato diferentes (substrato referência coletado na canga e substrato de PDE oriundo de mineração). Além disso, as plantas foram expostas a dois regimes hídricos distintos, sendo: irrigadas ou sob estresse hídrico por interrupção da irrigação por 26 dias e subsequente reidratação por 13 dias. Durante o máximo estresse hídrico (26º dia) e no último dia de reidratação, foram coletadas folhas, para análise do teor relativo de água (TRA) e extravasamento de eletrólitos . O TRA não apresentou diferença significativamente relevante entre os dois substratos para nenhuma das espécies, mas foi menor para V. compacta durante o máximo estresse nas plantas que estavam sob suspensão da irrigação. V. caruncularis não apresentou nenhuma diferença significativa no TRA, tanto no máximo estresse, quanto após a reidratação. O extravasamento de eletrólitos em V. compacta foi significativamente maior no PDE e no período de máximo estresse. Após a reidratação o extravasamento de eletrólitos foi maior apenas em V. compacta no estéril em relação ao solo de canga. O cultivo das plantas de V. compacta em substrato de PDE não influenciou a capacidade de reidratação, mas resultou em aumento no dano às membranas no máximo estresse e após a reidratação, o que não foi observado para V. caruncularis, sendo esta mais promissora para a recuperação de PDE.
Palavras-chave Estresse hídrico, PDE, reidratação.
Forma de apresentação..... Vídeo
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