“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17056

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação
Setor Departamento de Economia Doméstica
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Ludymilla Leandra Cupertino Silva
Orientador LUCIANE ISABEL RAMOS MARTINS
Outros membros Abilene de Sá Barbalho, Agatha Christina Torres da Silva, Júlia Maria Nogueira Silva, Letícia Souza Sampaio, Maria Clara Brasileiro Silvério, Maria Eduarda Martins Cardoso, Natália Inês Sodré Pereira
Título Casa Das Mulheres: A “vida colorida” das crianças na Comunidade Quilombola do Buieié
Resumo Este é o relato de uma das atividades desenvolvidas pelo Programa Casa das Mulheres em Viçosa-MG, que tem como objetivo acolher mulheres em situação de violência doméstica e encaminhá-las aos atendimentos jurídico, psicológico e de assistência social. O programa é dividido em quatro eixos, sendo eles: Atendimento, Comunicação e Marketing, Observatório da Violência Contra a Mulher e Formação. Neste último, dentro do projeto “Agentes de enfrentamento à violência contra as mulheres em Viçosa-MG: Proposição da constituição de uma rede de vigilância e solidariedade” foram realizadas oficinas com crianças da comunidade Quilombola Buieié. Essa ação visa o cuidado e diálogo com as mesmas para que as mães possam frequentar os espaços formativos do projeto. Dessa maneira, criamos um ambiente seguro para as mulheres e crianças. Com a metodologia de arte-educação, primeiro trabalhamos a noção de pertencimento e identidade por meio de diálogos e desenhos criados pelas crianças, apresentando elementos que compõem a comunidade. No segundo encontro trabalhamos a noção de identidade mediante atividade de desenho do Self, para trabalhar a autoestima, identificando e valorizando suas identidades, contribuindo para uma construção positiva de sua história. Na primeira oficina, propomos um círculo para a dinâmica de apresentação. Durante a atividade, as crianças mostraram-se interessadas em saber quem éramos nós e em falar sobre elas. Após, manifestamos que gostaríamos de conhecer a comunidade onde elas moravam e para isso precisaríamos que elas fizessem um desenho que mostrasse elementos presentes no local e assim, por meio dos diálogos e desenhos pudéssemos trabalhar de forma lúdica a noção de pertencimento. Em nosso segundo encontro, iniciamos a conversa fazendo uso da “dinâmica do moranguinho”, como nomeamos a ação de passar um espelho em forma de morango, um para o outro, no momento da apresentação, para nos olharmos individualmente e falarmos de nossas características. As perguntas eram: qual seu nome, comida favorita, a brincadeira que gosta e o que gosta em você? Com a finalidade de nos conhecermos. Dentre as respostas, notamos a dificuldade inicial, das crianças, de verbalizar uma parte de si que as agrada, postura mitigada pela intervenção das estagiárias, que, ressaltando pontos positivos na aparência e personalidade das crianças, as deixaram confortáveis para interagir e desenhar-se quando apresentada a atividade de desenho Self, olhando para um espelho. Enquanto isso, falamos dos nossos traços, tranças, cores, preferências pessoais, ressaltando as belezas dos presentes e colocando em evidência a ancestralidade negra que se presentifica em ações de resgate da autoestima e identidades negras. A partir dos feedbacks das pelas crianças, pudemos notar que as ações foram positivas, dado que a noção de pertencimento extrapolou as fronteiras da ação relatada e consolidou-se no momento de nomeação, por parte das crianças, do espaço coletivo como “vida colorida”.
Palavras-chave pertencimento e identidade, crianças, casa das mulheres
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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