“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17041

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Físico-Química
Setor Departamento de Química
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Eloiza Ribeiro de Castro
Orientador LUIS HENRIQUE MENDES DA SILVA
Outros membros ANA CLARISSA DOS SANTOS PIRES, Isabela Araujo Marques, Yara Luiza Coelho
Título Caracterização cinética e termodinâmica da formação de nanocomplexos entre araquina ou conaraquina e vermelho do congo
Resumo Nos últimos anos, observa-se um movimento crescente na demanda por produtos derivados de proteínas vegetais em substituição àqueles à base de proteínas animais devido a fatores como alimentação restritiva, sustentabilidades religiosa e ambiental, aversão ao uso de animais, entre outros. Assim, investigações científicas sobre a termodinâmica e a cinética de formação de nanoestruturas supramoleculares envolvendo proteínas vegetais e diferentes ligantes são estratégicas para o controle de propriedades funcionais desses sistemas. No entanto, aspectos fundamentais associados a dinâmica e energética de formação dessas nanoestruturas ainda são desconhecidos. Em vista disso, este trabalho teve como objetivo a utilização da técnica de Ressonância Plasmônica de Superfície para a obtenção dos parâmetros cinéticos (constantes de velocidade de associação (ka) e dissociação (kd), energia de ativação (E), variação da energia livre de Gibbs de ativação (ΔG), variação da entalpia de ativação (ΔH) e variação da entropia de ativação (ΔS)) e termodinâmicos (constante de ligação (Kb), variação da energia livre de Gibbs padrão (ΔGo), variação da entalpia padrão (ΔHo) e variação da entropia padrão (ΔSo)) referentes à interação de duas proteínas do amendoim (araquina (ARA) e conaraquina (CON)) com a sonda molecular vermelho do Congo (VC). Os resultados termodinâmicos obtidos mostraram que o VC e as proteínas de amendoim (ARA e CON) formam complexos [proteína−VC]° estáveis (Kb~103Lmol-1). A formação de [ARA−VC]° foi exotérmica e entropicamente desfavorável, indicando que interações hidrofílicas, como ligações de hidrogênio, van der Waals, e interações eletrostáticas foram responsáveis por liberar energia para que o processo ocorra. Já a interação entre VC e CON foi menos exotérmica e entropicamente favorável mostrando que forças hidrofóbicas contribuíram para a formação de [CON−CR]°. Esses parâmetros termodinâmicos demonstram que o sítio de ligação de CON que interage com VC é mais hidrofóbico do que o sítio de ligação de ARA. Além disso, a partir do estudo cinético, determinou-se que a taxa de associação entre VC e CON ((4,25≤ka,VC-CON≤5,45)×103M-1s-1) foi mais rápida que entre VC e ARA ((1,78≤ka,VC-ARA≤2,48)×103M-1s-1), enquanto a dissociação de [CON−VC]° ((0,23≤kd,VC-CON≤0,38)s^-1) foi mais lenta que a de [ARA−VC]° ((0,40≤kd,VC-CON≤0,57)s-1). A formação dos complexos [proteína−VC]° passou por um estado intermediário e, independentemente da proteína, a barreira de energia livre a ser superada para a formação do complexo de transição a partir das interações de moléculas livres foi menor do que para a dissociação do complexo estável (∆Ga<∆Gd). Essa diferença demonstra que o complexo de transição é mais similar energética e estruturalmente às moléculas livres do que o complexo termodinâmico estável. Os resultados encontrados neste trabalho contribuem para a aplicação de proteínas vegetais como carreadores de moléculas bioativas em diferentes matrizes alimentares.
Palavras-chave proteína vegetal, vermelho do congo, ressonância plasmônica de superfície
Forma de apresentação..... Vídeo
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