“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17039

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Química Orgânica
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas - Campus Rio Paranaíba
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Hélen Cássia Oliveira
Orientador VANIA MARIA MOREIRA VALENTE
Outros membros ANESIA APARECIDA DOS SANTOS, GERALDO HUMBERTO SILVA, Julia Gabriela de Brito Amaral, Patrícia Moreira Valente
Título Avaliação da atividade antitumoral de extratos do fungo endofítico Phaeoacremonium sp. in vitro
Resumo Segundo a Organização Mundial da Saúde o câncer é um importante problema de saúde pública mundial e uma das quatro principais causas de morte prematura. A ineficácia de tratamentos usando quimioterápicos e as constantes aquisições de resistência pelas células cancerosas embasam a necessidade da descoberta de novos medicamentos. Produtos naturais já demonstraram capacidade antimutagênica e antiproliferativa. Nesta perspectiva, o estudo de produtos naturais é potencial alternativa, pois, geralmente, são de baixa toxicidade e baixo custo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do extrato obtido a partir do fungo endofítico de folhas de Senna spectabilis, Phaeoacremonium sp., na viabilidade celular das linhagens normal Melan-a (Melanoblastos normais de camundongos) e cancerígena 4T1 (Carcinoma mamário de camundongos), através de ensaios de MTT (3- (4,5-dimetiltiazol-2-il) -2,5-brometo de difeniltetrazólio), calcular a concentração inibitória de 50% das células (IC50) e o índice de seletividade (IS). Micélios do fungo foram multiplicados em meio batata dextrose ágar (BDA) e em seguida transferidos para o meio batata glicose (BG). Em intervalos de 7 dias foram retiradas alíquotas do caldo e após 28 dias, todo o restante do caldo foi tratado com o solvente acetato de etila. As linhagens foram cultivadas em meio de cultivo RPMI1640 (10% SFB e 1% antibióticos) em estufa a 37°C, 5% de CO2 e 95% de umidade atmosférica até a confluência. Soluções de concentrações crescente: 12,5; 25; 50; 100; 200; 400; 500 e 600 µg/mL do extrato diluídos em dimetilsulfóxido (DMSO) 0,5% foram preparadas e incorporadas ao meio de cultivo celular. Decorrido 48h de tratamento, foi realizada a substituição do meio contendo extrato por solução de MTT e posteriormente os cristais de formazan foram dissolvidos com DMSO. A viabilidade celular foi calculada pela relação entre as médias das absorbâncias obtidas a 570 nm dos tratamentos e controle. As absorvâncias obtidas foram utilizadas para cálculo da viabilidade celular percentual que permitiu a estimativa do valor de IC50 e o IS. Tanto as alíquotas quanto o extrato foram analisados por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), coluna LC18 e fase móvel acetonitrila 54%. Do extrato foram recolhidas quatro frações, uma delas identificou isoaigialona A. O rendimento médio do extrato foi de 14mg/100mL de meio e as concentrações de isoaigialona A, no caldo foram: 10 µg/mL, 13 µg/mL, 68 µg/mL e 78 µg/mL em 7, 14, 21 e 28 dias, respectivamente. O extrato reduziu a viabilidade celular em ambas as linhagens. Para 4T1 o valor de IC50 foi de 107,1 µg/mL (R2: 0,90), enquanto para Melan-a o valor foi superior, IC50: 249,1 µg/mL (R2: 0,80). Esse comportamento refletiu o IS do extrato bruto de 2,32. Considerando o exposto, o extrato de acetato de etila de Phaeoacremonium sp. pode representar um potencial fármaco para quimioterapia devido sua seletividade para o câncer de mama murino in vitro.
Palavras-chave câncer, isoaigialona, cromatografia.
Forma de apresentação..... Vídeo
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