“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17032

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Fitopatologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Taynara Gomes de Souza
Orientador DALILA SENI BUONICONTRO
Outros membros Andressa Rodrigues Fonseca
Título Estudo taxonômico de nematoide anguinídeo e sua gama de hospedeiros.
Resumo Recentemente, plantas de corda-de-viola (Ipomoea cairica) com sintomas de manchas foliares cloróticas internervais foram encontradas no campus da Universidade Federal de Viçosa em MG. Após análise preliminar, constatou-se a presença de nematoides da família Anguinidae. Dessa forma, objetivou-se realizar a caracterização taxonômica desse anguinídeo associado a I. cairica e determinar a sua patogenicidade a outras espécies vegetais. O estudo taxonômico foi baseado na caracterização morfológica e morfométrica dos nematoides. Para isso, folhas de I. cairica sintomáticas foram coletadas e submetidas à extração. Os nematoides recuperados foram pescados e utilizados para montagem de lâminas temporárias que foram analisadas sob um microscópio de luz acoplado a uma câmera de captura de imagens, afim de realizar a caracterização morfométrica e morfológica dos caracteres taxonômicos diagnósticos. Para determinar a patogenicidade do nematoide a plantas cultivadas, folhas de I. cairica naturalmente infectadas foram coletadas, os nematoides extraídos e quantificados. Foram inoculados por aspersão, 1000 nematoides em plantas sadias de I. cairica, I. batatas,Vicia faba e Oryza sativa. O experimento foi montado em parcelas subdivididas em DIC, com 4 repetições. A unidade experimental consistiu em uma planta por vaso. As testemunhas foram inoculadas igualmente com 2 ml de água. Observações diárias foram feitas para a documentação do aparecimento e progressão dos sintomas. O experimento foi mantido em casa de vegetação a 21-41°C (± 2,5-2,7) e umidade relativa de 38-64% (± 5,1-7,9). Como após 30 dias não foram observados sintomas nas plantas inoculadas, seguiu-se para a determinação indireta da gama de hospedeiros, em que plantas sintomáticas foram coletadas nos locais de ocorrência do nematoide e submetidas à extração. Para isso, foram extraídas I. alba, Solanum americanum e Momordica charantia que possuíam sintomas cloróticos, mas não foi recuperado nematoide destas folhas. Foi extraída também a I. syringifolia e nesta havia a presença do anguinídeo estudado, concluindo então que ele infecta I. cairica e I. syringifolia. Foi observado como característica marcante da espécie a presença de fêmea semi-obesa que possui gônada reflexada e útero em quadricolumela, diâmetro máximo do corpo de 31,4 ± 6,4 µm, fêmea jovem delgada com ramo genital estendido e não diferenciado, com diâmetro máximo do corpo de 15,7 ± 2,0 µm, machos com espículas de 19,8 ± 2 µm, bursa leptódera e presença de gubernáculo. Campo lateral com 4 linhas. Região labial destacada para formas adultas e não destacada para formas jovens. A análise comparativa entre os caracteres taxonômicos de outros anguinídeos, juntamente com a análise filogenética feita em paralelo a esse estudo, apontam que os nematoides associados a I. cairica não se ajustaram na descrição de nenhum outro gênero válido da família Anguinidae. Portanto, uma nova espécie e um novo gênero deverão ser propostos para abrigá-la.
Palavras-chave Anguinidae, taxonomia, Ipomoea cairica.
Forma de apresentação..... Vídeo
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