“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17030

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Fitopatologia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Luiza Bender
Orientador OLINTO LIPARINI PEREIRA
Outros membros Emiliane Fernanda Silva Freitas, Luís Gustavo Silva, Pedro Thiago Santos Nogueira, Verônica Eliane Costa Batista
Título Fungos micorrízicos rizoctoniódes associados ao sistema radicular de Hoffmanseggella locatelli e seu potencial para germinação simbiótica de sementes de Hoffmanseggella angereri e Hoffmanseggella cinnabarina (Orchidaceae)
Resumo A família Orchidaceae uma das mais ameaçadas de extinção, devido principalmente a ação antrópica. As cápsulas de orquídea têm uma grande quantidade de sementes, cujo tamanho é diminuto e apresentam pouca reserva nutricional. A germinação das sementes é dependente da simbiose entre planta e fungos micorrízicos, sendo a associação um fator determinante para a conservação das espécies. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo avaliar a eficiência de isolados fúngicos, obtidos das raízes de Hoffmannseggella locatelli, cuja diversidade micorrízica é desconhecida, em promover germinação de sementes de Hoffmannseggella angereri e de Hoffmannseggella cinnabarina. Amostras de raízes de H. locatellii foram coletadas no município de Araponga (MG), e foram lavadas com água corrente, seguido da desinfestação superficial com etanol 70% e hipoclorito de sódio comercial (2% de cloro ativo). Os fungos micorrízicos foram obtidos através da metodologia de isolamento por diluição e incubados à 28ºC em meio BDA (batata dextrose ágar). Cinco isolados micorrízicos, caracterizados como rizoctinióides, foram selecionados para serem testados quanto a capacidade de induzir a germinação das sementes. Para tal, as sementes foram pesadas (0,01g) e desinfestadas com solução de hipoclorito de sódio (2% de cloro ativo) por 10 min. Com uma peneira de 64 mesh, as sementes foram submetidas a 5 lavagens sucessivas com água destilada autoclavada, removendo o excesso de hipoclorito. As sementes foram transferidas para um béquer, com 100mL de água destilada autoclavada, e submetidas a agitação constante. Alíquotas de 1mL da suspensão foram pipetadas sobre a superfície das placas de Petri contendo meio OMA (oat meal agar). Em seguida, discos contendo micélio dos isolados micorrízicos foram inoculados no centro das placas. Tratamentos controles foram estabelecidos em meio OMA e B&G (meio comercial para a germinação de orquídeas) de forma assimbiótica (sem fungo). Foram adotadas 5 repetições para cada tratamento. As placas foram mantidas em sala de crescimento à temperatura de 26 ± 2 ºC e fotoperíodo regulado à 16h luz / 8h escuro. O desempenho dos isolados foi mensurado através do índice de germinação, obtido pela avaliação dos estádios de desenvolvimento germinativo observados com lupa, após 30 dias de incubação. Os dados foram submetidos a teste de ANOVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, usando o software R. Para H. cinnabarina, constatou-se que o melhor e o pior desempenho foram, respectivamente, os tratamentos com o isolado EHL64 e o controle OMA. Porém, não houve diferença significativa entre os tratamentos. Já para H. angereri, não se observou diferença entre os tratamentos. Assim, devido ao crescimento lento das orquídeas, serão realizadas avaliações em 60 e 90 dias. Vale ressaltar que a associação micorrízica exige certa compatibilidade planta-fungo. Logo, estes isolados podem apresentar compatibilidade com outras espécies de orquídea.
Palavras-chave Índice de germinação, fungos rizoctonióides, Cattleya
Forma de apresentação..... Vídeo
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