“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17020

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Letras
Setor Departamento de Letras
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Helena Stürmer
Orientador ANA MARIA FERREIRA BARCELOS
Título Meu encontro com a autoetnografia: para onde rumam nossos passos na Linguística Aplicada
Resumo Este é um trabalho autoetnografico, em que investigo minha trajetória inicial como pesquisadora iniciante na Linguística Aplicada. Para isso, narro meus deslocamentos até o momento, o que eles têm revelado sobre minhas identidades e emoções como pesquisadora dentro na área de ensino e aprendizagem de línguas e formadora de professores e para onde rumam meus próximos passos. Nessa autoetnografia, começo falando sobre emoções. Em emoção está movimento. Aquilo que nos impele, que elaboramos pelos sentidos, que resulta de percepções/avaliações (BARCELOS, 2015) e que nos coloca a agir (MATURANA, 2002). Agimos em comunidade; em contexto socio histórico, por onde nossas relações nos constituem como sujeitos que, em constante transformação, assumem diferentes papéis sociais e identidades (NORTON, 2013). Nesse fluxo, vamos negociando agência, construindo sentido e tornando-nos – em um vai e vem – outros: estamos em deslocamento. Aqui, chego múltipla. Comigo estão a estudante da pós-graduação em Linguística Aplicada, a revisora de português, a tradutora e professora de inglês, a arte-educadora, a escritora e observadora, mas não só; vieram também a curiosidade, o olhar para a paisagem, o desacelerar da velocidade, o sentir pelo corpo; aqui chego lenta como ciclista, a tornar-me, comigo e com as/os outros, novamente outra: a pesquisadora. Estudar emoções e subjetividades de professores no primeiro nível do ensino superior refletiu em mim a percepção para a sobreposição de identidades às quais somos interpelados na contemporaneidade (HALL 2006; 2008). Quais vias a compreensão sobre elas nos abre em termos de possibilidades sobre o nosso agir no cotidiano, em nossos papéis sociais, com a linguagem? Ainda, anterior a isso, como estamos construindo e compartilhando conhecimento sobre identidades de professores, formadores de professores e de pesquisadores? Imersa em um contexto de paradigmas, epistemologias, instrumentos e análises, avanço meus passos pelo segundo nível do ensino superior questionando-me sobre metodologias (BORG, 2018) e percebendo no próprio corpo “estrangeiro” e experiências passadas o desvelamento pelas emoções das minhas outras identidades. Aqui encontro um método: a autoetnografia, por meio da autorreflexão crítica e profunda, amplia o campo das pesquisas qualitativas ao considerar narrativas de vozes outras a partir de seus corpos situados (BOCHNER, 2013; ADAMS; ELLIS; JONES, 2017). Corpos de sujeitos que sentem, se relacionam, significam, refletem e revelam o processo de tornar-se no vai e vem da contemporaneidade. Ao agirem sobre si, agem sobre outros, transformam o entorno, o contexto, a paisagem. Assim, não há sujeito deslocado de objeto, tampouco razão descolada de emoção, o paradigma é pós-moderno e a preocupação com a ética é relacional e intensificada (CHANG apud ONO, 2018); a autoetnografia pode ser um caminho por onde tornar as ciências ainda mais humanas (BOCHNER, 2013).
Palavras-chave autoetnografia, linguística aplicada, metodologias
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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