“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17019

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Bárbara D'arc Valério Lucas
Orientador ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO
Outros membros FERNANDA DE JESUS JORGE, Geisianne de Carvalho Almeida, Lawrence Pires de Oliveira, Letícia Costa Peres
Título Caracterização e carbonização da casca de amendoim
Resumo A casca do amendoim (Arachis Hypogaea) é um resíduo agrícola, que representa cerca de 30% da massa do amendoim, enquanto os demais 70% constituem o grão, que é comumente utilizado para alimentação. Este resíduo está disponível em grande escala, e não possui uso com grande valor agregado. Resíduos agrícolas, no geral, possuem grande proporção de carbono e a possibilidade de concentração deste carbono pelo processo de pirólise. No entanto, devido ao seu tamanho pequeno e baixa resistência, este carvão vegetal poderia ser destinado para o mercado de carvão ativado e biochar.Devido ao pequeno número de estudos sobre a obtenção de carvão vegetal de cascas de amendoim, objetivou-se com esse trabalho a caracterização das cascas, a carbonização das mesmas e a caracterização do carvão vegetal. A carbonização foi realizada em um forno elétrico tipo mufla, com um acréscimo de 50°C a cada 30 minutos até atingir temperatura final de 350 °C. Foram realizadas duas carbonizações, com a permanência na temperatura final de 30 e 60 minutos. Foram determinadas, para a casca de amendoim e os dois carvões vegetais a densidade a granel, umidade (base seca) e análise química imediata (teor de voláteis, teor de cinzas e carbono fixo). Para as cascas de amendoim in natura, a densidade a granel média foi de 66,2 Kg.m -3 . A umidade média foi de 14,5%, sendo a casca carbonizada nesta umidade de equilíbrio. Na produção do carvão vegetal, o rendimento para a carbonização com tempo de residência na temperatura final de 30 minutos foi de 46,3% enquanto para o tempo de residência na temperatura final de 60 minutos foi de 44,2%. Esse maior tempo de residência favoreceu ao incremento no teor de carbono fixo, com a média de 20,4% no material in natura, 53,4% para a carbonização com 30min de residência a 350°C e 59,6% para a carbonização com a residência de 60min. No entanto, além do incremento em carbono fixo, o teor de cinzas também aumentou, de 3,8% para 8,5% e 7,3%,respectivamente. As cinzas são indesejáveis ao carvão vegetal para diversos usos, sendo que este pode ser um limitador no processo de utilização do carvão vegetal. Por ter tido contato com o solo, a casca do amendoim pode apresentar contaminações. Mesmo com estas características limitantes, o carvão vegetal de casca de amendoim apresenta-se como uma possibilidade viável para produção de carvão ativado e biochar, o que agregaria valor a essa biomassa residual. Recomenda-se que, em futuros estudos, sejam utilizadas temperaturas finais de carbonização mais altas e maiores tempos de residência, para obter um maior teor de carbono fixo.
Palavras-chave pirólise, carvão vegetal, biochar
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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