Resumo |
A salinidade é um problema que ameaça o crescimento e a produtividade das culturas agrícolas, além de prejudicar o desenvolvimento sustentável da agricultura. A capuchinha (Tropaeolum majus L.) é uma flor comestível, originária da América do Sul, cultivada em todo o mundo. Muitas áreas onde essa planta cresce possuem baixa pluviosidade e teores elevados de sais no solo e na água de irrigação, principalmente em regiões áridas e semiáridas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de ácido jasmônico (JA), citocinina (CK), ácido salicílico (SA) e suas combinações (citocinina e ácido jasmônico (CJ), citocinina, ácido jasmônico e ácido salicílico (CJS), citocinina e ácido salicílico (CS), ácido jasmônico e ácido salicílico (JS)) na fluorescência de clorofila, trocas gasosas e massa seca de capuchinha cultivada sob estresse salino. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado (DIC) com nove tratamentos (T) e cinco repetições. Os tratamentos para induzir o estresse salino foram: T1= 0 mM de NaCl e sem aplicação de fitormônio; T2= 40 mM de NaCl e sem aplicação de fitormônio; T3= 40 mM de NaCl e citocinina (50 µM de 6-benzylaminopurina); T4= 40 mM de NaCl e ácido jasmônico (200 µM); T5= 40 mM de NaCl e ácido salicílico (1 mM); T6= 40 mM de NaCl e citocinina + ácido jasmônico; T7= 40 mM de NaCl e citocinina + ácido salicílico; T8= 40 mM de NaCl e ácido jasmônico + ácido salicílico; T9= 40 mM de NaCl e citocinina + ácido jasmônico + ácido salicílico. Os fitormônios foram aplicados semanalmente durante 4 semanas. A aplicação de CJS atenuou os efeitos danosos do estresse salino na espessura da folha, no rendimento máximo de fluorescência (Fm), no rendimento de fluorescência em estado estacionário (Fs), no rendimento quântico do PSII (Fv/Fm), na razão de declínio de fluorescência em condições de estado estacionário (RFd), no índice relativo de clorofila (SPAD), no rendimento para outras perdas de energia (φNO), e na eficiência real do PSII (φII). A aplicação de CJ atenuou os efeitos danosos do estresse salino no fluxo linear de elétrons (LEF) e na condutância estomática (gs). A aplicação de CS atenuou os efeitos danosos do estresse salino no rendimento de fluorescência inicial (F0), no modelo de lago de PSII (qL) e no coeficiente para têmpera fotoquímica (qP). A aplicação de JA atenuou os efeitos danosos do estresse salino na fotossíntese líquida (A), na concentração de carbono interno (Ci) e na eficiência instantânea do uso da água (WUE). A aplicação de JS atenuou os efeitos danosos do estresse salino na taxa de transpiração (E). Dessa forma, as aplicações exógenas de CK, JA, SA e suas combinações (CJ, CJS, CS e JS) podem reduzir os efeitos deletérios do estresse salino sobre o aparato fotossintético, trocas gasosas e massa seca de capuchinha. Esses fitormônios podem ser uma estratégia para aliviar os danos causados pelo estresse salino em plantas de capuchinha. |