“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16997

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Carla de Oliveira Loures
Orientador ANDREA PACHECO BATISTA BORGES
Outros membros Carolina Camargos Rocha, Elaine da Silva Soares, Janaína Geralda Vieira Lage, João Victor Ferreira de Matos
Título Fratura completa bilateral de corpo de mandíbula em cão: relato de caso
Resumo As fraturas de mandíbula são pouco frequentes, representando cerca de 3 a 6 % de todas as fraturas ósseas em cães. As fraturas mandibulares ocorrem, geralmente, em consequência de processos traumáticos e podem levar a alterações anatômicas nas funções básicas, como mastigação, fonação e deglutição. Algumas fraturas podem ser corrigidas apenas com manobras reparadoras pouco invasivas, mas em casos graves, que impossibilitam essas manobras, a indicação é cirúrgica, pela mandibulectomia e/ou maxilectomia. Diante do exposto, o objetivo desse trabalho foi relatar um caso de fratura mandibular rostral bilateral com perda de tecidos moles e ósseo em cão. Um canino, femêa, SRD, 3 anos e 6 meses, foi atendido no Hospital Veterinário CenterVet – Contagem/MG apresentando trauma em região mandibular. Ao exame clínico o animal encontrava-se alerta, desidratação de 10% e com demais parâmetros dentro da normalidade. Havia a presença de necrose e fibrina na região mandibular, com tecido de granulação exuberante. Foi realizada a radiografia da face e o paciente foi diagnosticado com fratura completa bilateral de corpo de mandíbula. O procedimento cirúrgico iniciou-se com remoção do tecido infeccionado e fibrosado da região e curetagem das bordas da pele da região da comissura labial inferior. Logo após, foram expostas as extremidades ósseas remanescentes da mandíbula de ambos os lados, no qual houve perda óssea de parte do corpo destas até próximo ao segundo pré-molar. Para manter a oclusão e igualar as hemimandíbulas foi realizada a osteotomia mandibular entre o canino e o segundo pré-molar inferior esquerdo com a broca de secção odontológica. A estabilização foi obtida passando-se um fio de cerclagem de aço entre os corpos das duas hemimandíbulas, cranialmente aos dentes pré-molares, para a redução anatômica, permitindo a mobilidade temporo-mandibular e a oclusão apropriada dos dentes. Em seguida suturou-se o retalho de pele da região labial inferior para ocluir a porção exposta da mandíbula com fio absorvível sintético multifilamentar 3-0 com ponto isolado simples. Nos pós-operatório imediato foi utilizado cloridrato de tramadol (4 mg/kg/TID), meloxicam (1 mg/kg/SID) e ceftriaxona (25 mg/kg/BID). O animal teve alta após 4 dias, no qual foi alimentado durante esse período apenas com alimentação pastosa via sonda nasogástrica, apesar de conseguir se alimentar sozinho. Foi receitado para casa clindamicina (10mg/kg/VO/BID, 10 dias), omeprazol (1 mg/kg/SID, 7 dias), dipirona (25 mg/kg/QID, 4 dias), higienização diária com digluconato de clorexidina, utilização de colar elizabetano, alimentação pastosa durante os primeiros 7 dias do pós-operatório. A escolha de mandibulectomia rostral bilateral nesse caso foi devido a perda óssea e dos tecidos moles da região mandibular, sem prejudicar a oclusão dentária e apresentar um aspecto desagradável para o tutor, não interferindo na alimentação e melhorando a qualidade de vida do paciente.
Palavras-chave mandíbula, fratura, estabilização.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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