“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16992

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Thiago Rodrigues da Silva
Orientador MARCOS ROGERIO TOTOLA
Outros membros ALEX GAZOLLA DE CASTRO, Michelle Fernandes Almeida
Título Avaliação do potencial antimicrobiano da surfactina para o controle de patógenos e bactérias redutoras de sulfato
Resumo Na indústria de petróleo e gás natural, um dos principais agentes envolvidos com a corrosão de estruturas metálicas e danos às propriedades do óleo extraído, é o H2S. Esse composto é, majoritariamente, resultado da atividade catabólica de bactérias redutoras de sulfato (BRS). No âmbito da saúde, bactérias patogênicas como Staphylococcus aureus, Bacillus cereus e Citrobacter freundii são responsáveis por uma série de infecções, como infecções superficiais de pele, intoxicação alimentar e danos ao trato urinário e respiratório, respectivamente. Uma das principais estratégias de prevenção é o controle das populações desses grupos de microrganismos. Desse modo, este trabalho teve como objetivo avaliar a inibição desses microrganismos (BRS e bactérias patogênicas) utilizando-se o lipopeptídeo surfactina, produzido pela linhagem geneticamente modificada Bacillus subtilis LBBMA RI4914 IsrfA. O extrato bruto de surfactina foi produzido a partir do cultivo da linhagem de B. subtilis em meio mineral com glicose, a 30 °C, 200 rpm, por 120 horas. O trabalho foi dividido em etapas, sendo a primeira a avaliação da Concentração Mínima Inibitória (MIC) para BRS, utilizando-se culturas mistas de Desulfovibrio alaskensis (P47 e UO-Rio), cultivadas em meio de cultura anaeróbio Postgate E. Para isso, foi preparada uma solução de trabalho (1 g L-1) de extrato bruto de surfactina) e os testes foram realizados em triplicata nas concentrações de 217,4, 142,9, 100 e 52,6 mg L-1 do extrato. Os inóculos foram diluídos dez vezes e inoculados (1 mL) em frascos do tipo penicilina contendo as diferentes concentrações de surfactina, seguindo-se incubação estática a 30 oC por dez dias. O crescimento foi avaliado pela produção de FeS (precipitado preto). A segunda etapa consistiu na avaliação da MIC para as linhagens S. aureus ATCC 12692, B. cereus ATCC 14579 e C. freundii ATCC 8090. Foi preparada uma solução de extrato bruto de surfactina a 2.000 μg mL-1 em caldo Mueller-Hinton (MHC). A solução foi adicionada em microplaca de 96 poços e submetida a uma diluição seriada para se obter a faixa de concentração de 7,8 a 1.000 μg mL-1 de extrato bruto. Os inóculos foram preparados em MHC e inoculados na microplaca de modo a se obter uma densidade de células de aproximadamente 5 x 105 UFC mL-1. As placas foram incubadas a 37 °C por 24 horas e o crescimento microbiano foi avaliado por meio de leitura da densidade óptica a 600 nm. O extrato bruto de surfactina apresentou atividade antimicrobiana contra as bactérias S. aureus (MIC = 62,5 μg mL-1), B. cereus (MIC = 31,25 μg mL-1) e C. freundii (MIC = 31,25 μg mL-1). O mesmo não inibiu o crescimento e a atividade de redução de sulfato das culturas mistas de BRS avaliadas. Outros caminhos, como a ligação da surfactina a nanocompósitos, devem ser avaliados visando à obtenção de uma alternativa de controle eficaz desse grupo de microrganismos causadores de biocorrosão.
Palavras-chave Surfactina, Biocorrosão, Patógenos.
Forma de apresentação..... Vídeo
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