“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16962

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia geral
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Rosiany Vieira da Costa
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros Isabela Pereira da Silva Bento, Luiz Carlos Maia Ladeira, Luiz Otávio Guimarães Ervilha, Renner Philipe Rodrigues Carvalho
Título A infusão de chá verde melhora danos histológicos em testículos e epidídimos de ratos diabéticos
Resumo Diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é um problema de saúde global que afeta a qualidade de vida dos pacientes devido as suas várias complicações. Dentre elas temos a disfunção reprodutiva masculina e seus impactos negativos à fertilidade, com diminuição da concentração sérica de testosterona e alterações histológicas em testículos e epidídimos que podem comprometer a produção e maturação espermática. O chá verde é uma bebida com propriedades antioxidantes, popularmente usada para fins terapêuticos contra os danos causados pelo diabetes. Não se sabe se a ingestão do chá verde é capaz de mitigar alterações em parâmetros testiculares e epididimários causadas pela diabetes. Para testar essa hipótese, 12 ratos Wistar (40 dias de idade) tiveram o DM1 induzido por dose única de estreptozotocina (60mg/Kg/ip), enquanto seis animais hígidos, de mesma idade, receberam uma injeção única de solução salina (Grupo Controle; C). Após 2 dias da aplicação, todos os 12 ratos apresentaram glicemia de jejum acima de 250mg/dL e, portanto, foram considerados diabéticos. Estes foram divididos em dois grupos (n = 6/grupo): controle diabético (D) e diabético tratado com chá (DCV), recebendo 100mg/Kg de infusão de chá verde. O chá foi administrado por gavagem, enquanto os animais C receberam 0,6 mL de água. Após 42 dias de tratamento, os animais foram eutanasiados (CEUA/UFV nº 53/2018), sendo o sangue coletado por punção cardíaca durante o procedimento para quantificação de testosterona sérica. Os dados foram comparados por Teste t de Student não pareado entre os grupos C x D e D x DCV (P = 0,05). Já os testículos e epidídimos foram removidos e processados para análises histológicas, sendo as lâminas avaliadas qualitativamente em microscopia de luz. Nesta avaliação observou-se a integridade dos componentes teciduais testiculares e epididimários. Os resultados mostraram que a concentração de testosterona sérica foi menor nos animais D (18,07 ± 5,24 ng/dL) em comparação com ratos C (77,08 ± 10,30 ng/dL; P < 0,05). A ingestão de chá verde não foi capaz de melhorar esse parâmetro (19,75 ± 3,24 ng/dL; P > 0,05). Quanto à análise histológica, animais C apresentaram arquitetura tecidual normal em seus testículos e epidídimos. Animais D, por sua vez, apresentaram vacuolização na base do epitélio germinativo, descolamento celular e grande número de células na luz dos túbulos seminíferos. Vacuolização nas células epiteliais e presença de células germinativas soltas no lúmen também foram observadas no ducto epididimário desses animais. Por outro lado, ratos DCV apresentaram atenuação dessas alterações causadas pelo diabetes, principalmente quanto ao número de células desprendidas no lúmen do túbulo seminífero e diminuição da presença de células germinativas no lúmen das quatro regiões do epidídimo. Concluímos que o chá verde foi capaz de atenuar alterações histológicas testiculares e epididimárias causadas pelo diabetes, sem restaurar as concentrações séricas de testosterona.
Palavras-chave Camellia sinensis, hiperglicemia, espermatogênese.
Forma de apresentação..... Vídeo
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