“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16953

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Carolina Camargos Rocha
Orientador ANDREA PACHECO BATISTA BORGES
Outros membros Carla de Oliveira Loures, Cristiane Carneiro Vital Cintra, Elaine da Silva Soares, Victória Isadora Machado Vicente
Título Achados histológicos da associação de hidroxiapatita à nanopartículas de ferrita de cobalto como sistema de liberação controlada de fármaco
Resumo Biomateriais são substancias que interagem com sistemas biológicos, tratando, aumentando ou substituindo tecidos e restaurando funções comprometidas por processos degenerativos. A incorporação de fármacos em biomateriais implantáveis e biodegradáveis apresenta a vantagem da liberação da droga diretamente no tecido alvo, sendo uma alternativa ao reduzido efeito terapêutico da administração parenteral em locais pouco vascularizados. Por ser um material biocompatível, a hidroxiapatita (HAP), unida às nanopartículas magnéticas, forma um promissor dispositivo. Esse trabalho teve como objetivo analisar os achados histológicos da associação de diversos biomateriais em tratamentos para ostomielite. Os dados foram obtidos por meio de teste de biocompatibilidade in vivo de seis biomateriais constituídos de diferentes concentrações de nanopartículas de ferrita de cobalto e HAP, acrescidos do fármaco ciprofloxacina. Essa associação funcionaria como um sistema de liberação controlada de drogas no tratamento da osteomielite, promovendo também regeneração óssea em menor tempo. Nas avaliações histológicas foram observadas a presença de tecido ósseo neoformado no local do defeito e interação com o biomaterial implantado. Na microscopia, a CoFe2O4 foi visualizada em tons enegrecidos ou acinzentados sem afinidade pelo corante. Já a HAP exibiu uma coloração arroxeada, por afinidade pela hematoxilina e, em todos os tratamentos, interagiu com o tecido adjacente. A maioria dos animais dos grupos tratados apresentaram infiltrado inflamatório monocítico, em intensidades variadas com localização focal, associadas ao quadro infeccioso. Nas lâminas do Grupo Controle não se observou a presença de infiltrado inflamatório, no entanto, a ausência foi atribuída às limitações da técnica histológica empregada. Também foi possível observar alterações ósseas esperadas em um quadro de osteomielite crônica, como a presença de fragmentos ósseos desvitalizados, perda do padrão trabecular e áreas sugestivas de reabsorção óssea. Semelhante ao descrito na literatura, nos grupos em que foi associada HAP foi observada a presença de células gigantes multinucleadas ao redor do biomaterial. No grupo controle, pôde-se observar processo típico de regeneração óssea, evidenciado por trabéculas ósseas novas e linhas cimentantes claramente perceptíveis e regulares. Também se observou osteoblastos e osteoclastos nas bordas do defeito. Nos grupos tratados, as linhas cimentantes eram irregulares, pois o biomaterial alternou o padrão de deposição de tecido ósseo. Foi possível observar que algumas lâminas continham áreas de osteogênese reparativa e áreas de osso desvitalizado com fibrose. Conclui-se que os biomateriais utilizados neste trabalho não pareceram favorecer a cura do quadro infeccioso e que o efeito osteocondutor da HAP não foi observado neste trabalho, devido ao processo infeccioso, que ainda estava presente ao término do período experimental prejudicando o processo de neoformação óssea.
Palavras-chave histologia, medicina reparativa, biomateriais
Forma de apresentação..... Painel
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