“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16951

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Marina Foresti Salgado Bravo
Orientador CLAUDIO MUDADU SILVA
Outros membros ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO, Bruna Virgínia Cunha Rodrigues, Caio Moreira Miquelino Eleto Torres
Título Torrefação de lodo da ETE de fábrica de polpa celulósica kraft branqueada
Resumo As indústrias de celulose vêm expandindo nos últimos anos, no entanto esse crescimento resulta também na maior geração de resíduos. O lodo primário corresponde a maior proporção de resíduos sólidos gerados na fábrica e é composto principalmente por fibras que são removidas durante o processo de tratamento de efluente. Muitas indústrias utilizam o aterro industrial para disposição final desses resíduos. O aterro é uma forma de gerenciamento que pode promover a poluição dos solos e da atmosfera, além de demandar grandes investimentos. Processos sustentáveis de aproveitamento do lodo estão sendo pesquisados e implementados. O lodo pode ser utilizado como matéria prima para diversos fins, incluindo a geração de energia. O objetivo da pesquisa foi avaliar o potencial energético do lodo primário gerado na estação de tratamento de efluente de indústria de celulose kraft através da torrefação. O lodo primário é um material heterogêneo composto principalmente por celulose, hemicelulose e lignina, possui baixa densidade e alto teor de umidade. A elevada umidade faz com que o lodo possua baixo potencial energético. A torrefação é a degradação parcial da biomassa, onde há a concentração de compostos de maior poder calorífico e redução da umidade, sendo uma opção para aumentar o potencial energético da biomassa. O processo de torrefação é efetuado após a secagem, por meio de uma pirólise parcial do lodo com ausência de oxigênio, sob altas temperaturas e curtos tempos de residência. As temperaturas utilizadas no trabalho foram 260, 290 e 320°C, nos seguintes tempos: 20, 40 e 60 minutos. Após esse procedimento, são analisadas as propriedades da biomassa, sobretudo rendimento de massa, poder calorífico superior, teor de cinzas, carbono fixo e materiais voláteis. O poder calorífico útil é um parâmetro para se avaliar o potencial energético de combustíveis, notou-se um aumento significativo dessa propriedade após o processo de torrefação, em especial no tratamento de 60 minutos a 320°C, onde foi observado um incremento de 75,51%. A torrefação promoveu a redução de materiais voláteis, compostos de baixo poder calorífico, o aumento do carbono fixo que está diretamente relacionado à duração da queima da biomassa e reduziu a umidade. Essas propriedades adquiridas tornam o lodo uma biomassa moderna de alto potencial energético, que pode ser utilizada como combustível na caldeira de biomassa. A implantação de um novo processo na fábrica reduz o uso de aterros e consequentemente os seus impactos ambientais e econômicos, assim a torrefação do lodo pode ser uma alternativa para a produção de combustível renovável inovador e sustentável.
Palavras-chave Lodo primário, energia, celulose kraft
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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