“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16941

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Fitopatologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Pedro Thiago Santos Nogueira
Orientador OLINTO LIPARINI PEREIRA
Outros membros Emiliane Fernanda Silva Freitas, Luís Gustavo Silva, Luiza Bender, Verônica Eliane Costa Batista
Título Fungos micorrízicos e endofíticos associados ao sistema radicular de orquídeas nativas e seu potencial de antibiose in vitro sobre Phytophtora palmivora, agente causal da podridão negra
Resumo A família Orchidaceae abrange cerca de 28.000 espécies, sendo uma das maiores famílias de plantas. As orquídeas têm um relevante papel na economia mundial, movimentando cerca de dois bilhões de dólares anualmente. No Brasil, as orquídeas estão entre as plantas de vaso mais produzidas, junto aos lírios. Essas plantas associam-se com uma grande diversidade de fungos simbiontes, micorrízicos e endofíticos, que tem funções importantes na germinação de sementes, indução de crescimento, nutrição e controle de patógenos. Causada principalmente por oomicetos do gênero Phytophthora, a podridão negra é uma das doenças mais importantes e destrutivas no cultivo de orquídeas. Diante da agressividade do patógeno e da dificuldade em se controlar a doença por meio de produtos químicos, este trabalho objetiva investigar o potencial de fungos micorrízicos e endofíticos no controle biológico de Phytophthora palmivora, principal agente etiológico da podridão negra. Foram selecionados 15 isolados obtidos de raízes de Cattleya locatelli, Bifrenaria sp. e Prosthechea sp. previamente identificados por morfologia e/ou métodos moleculares, pertencentes aos gêneros Trichoderma, Epicoccum, Colletotrichum, Talaromyces, Curvularia, Mucor, Tulasnella, Virgaria, Serendipita e Mycochaetophora. Para um dos isolados selecionados a identificação não foi conclusiva e nova tentativa de identificação será realizada. Discos de meio batata dextrose ágar (BDA) contendo micélio fúngico dos simbiontes foram transferidos para placas de Petri contendo 20mL de meio BDA, e a uma distância de 7cm na extremidade oposta foi inoculada discos de BDA contendo micélio do patógeno P. palmivora. Os isolados que apresentavam crescimento lento foram inoculados nas placas com meio de cultura duas semanas antes da inoculação do patógeno. Placas contendo culturas do patógeno repicadas na ausência dos antagonistas serviram de controle. As placas foram incubadas por 21 dias a 25 ± 2 ºC, no escuro. Após o tempo de incubação as placas foram fotografadas, e as imagens foram analisadas utilizando o software Quant v.1.01 para o cálculo da área das colônias do patógeno. A capacidade dos isolados em inibir o crescimento do patógeno foi calculada pelo índice de inibição. O experimento foi executado em delineamento inteiramente casualizado, com 5 repetições por tratamento, e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 1% de probabilidade, usando o software R. No primeiro experimento todos os isolados apresentaram capacidade de inibição do crescimento de P. palmivora, sendo o Trichoderma (95,8%) mais eficiente, seguido de Epicoccum (76,6%) e Coletotrichum (74,9%). Já no segundo experimento, apenas os isolados de Virgaria (42,6%; 36,6%; 29,5%) e o isolado não identificado (33,5%) foram eficientes. Assim, pode-se concluir que fungos endofíticos e micorrízicos apresentam potencial para o controle de P. palmivora in vitro. Estudos futuros investigarão o potencial destes fungos no controle da podridão negra in vivo.
Palavras-chave controle biológico, orchidaceae, antagonismo
Forma de apresentação..... Vídeo
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