“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16924

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Kaíque Ferreira de Macedo
Orientador RENATO NEVES FEIO
Outros membros Clodoaldo Lopes de Assis
Título Répteis do Norte de Minas Gerais, uma área de encontro entre Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga
Resumo Atualmente são conhecidas 11.600 espécies de répteis no mundo, sendo o Brasil um dos países com a maior diversidade desse grupo, detendo mais de 800 espécies. Conhecer essa diversidade é essencial para a compreensão do seu estado de conservação, pois muitas espécies são consideradas indicadoras da qualidade do ambiente. Nesse sentido, realizamos um inventário de répteis da região Norte de Minas Gerais, com base em espécimes depositados em coleção científica. A região Norte de Minas é uma área de ecótono formado por três grandes biomas: Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. Esses três biomas possuem uma alta diversidade de espécies tanto animais quanto vegetais, sendo o Cerrado e a Mata Atlântica considerado como hotspots. Entre os anos de 1938 e 2011 foram coletados 109 espécimes de lagartos e 121 espécimes de serpentes. Esses espécimes foram depositados na Coleção Herpetológica do Museu de Zologia João Moojen (MZUFV), da Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais. Nossa análise revelou a presença de 24 espécies de lagartos, tendo a família Gymnophthalmidae como a mais diversa (5 spp.), seguida por Tropiduridae, Teiidae, Phyllodactylidae e Scincidae (3 spp. cada). Leiosauridae, Gekkonidae (2 spp. cada), Polychrotidae, Diploglossidae e Iguanidae (1 spp. cada), foram as menos diversas. Destacamos ainda a ampliação da distribuição de Lygodactylus klugei, um lagarto de pequeno porte que ocorre na Caatinga e Cerrado desde o Nordeste até o estado de Goiás. Nosso registro no município de Januária, aumenta sua distribuição em 600 km ao sul do ponto mais próximo em Queimadas na Bahia, sendo o primeiro registro para o estado de Minas Gerias. Entre as serpentes identificamos 42 espécies, com a família Dipsadidae a mais representativa (20 spp.). As famílias Columbridae (9 spp.), Boidae, Viperidae (4 spp. Cada), Typhlopidae, Elapidae (2 spp. cada) foram as menos diversas. Aumentamos também a distribuição da espécie Bothrops marmoratus. Nosso registro em Montes Claros se torna o ponto mais a Leste para essa espécie, expandindo sua distribuição cerca de 38 km. A região atinge uma riqueza intermediária, entre 13 e 28 espécies, de lagartos para o Cerrado. Devido a esses fatores, podemos ver como as coleções cientificas são uma fonte importante de biodiversidade. Sendo assim, devemos explorar as coleções e sua diversidade para preencher possíveis lacunas de conhecimento existentes e com isso fornecer subsídios para que medidas efetivas de proteção sejam tomadas.
Palavras-chave Serpentes, Lagartos, Brasil
Forma de apresentação..... Painel
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