“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16921

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Laura Beatriz Assis Teixeira
Orientador LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE
Outros membros Isabella Salgado Faustino, Thais Cardoso Lopes, Tiago Vital Urgal, Valéria de Fatima Silva
Título Padrão de qualidade de mudas utilizadas em plantios de compensação
Resumo A intensificação de atividades humanas não sustentáveis tem contribuído para a degradação dos ecossistemas brasileiros em diferentes escalas, causando distúrbios e prejuízos no fornecimento de serviços ecossistêmicos. Apenas a proteção da vegetação nativa não é o suficiente, sendo necessária a restauração ou compensação florestal para reverter esse cenário. Um dos requisitos para o sucesso destes plantios é o uso de mudas de espécies florestais nativas com boa qualidade, ou seja, aparentando vigor e bom estado nutricional, aptas a sobreviver e crescer no campo em condições adversas, com menor frequência de tratos culturais. Diante deste cenário, o objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade de mudas de espécies florestais nativas em um plantio de compensação ambiental. O projeto foi conduzido como compensação por intervenções ambientais por uma empresa, com o plantio de 39.556 mudas em distribuídas em 35,46 ha. O local do estudo pertence a Universidade Federal de Viçosa e está localizado no Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional de Viçosa – CENTEV. Foram avaliadas 1715 mudas, coletando os dados de diâmetro a altura do solo (DAS – mm) e altura (H – cm) a fim de comparação com protocolos de qualidade de mudas de espécies florestais nativas. Na literatura há valores mínimos ou intervalos adequados para alguns parâmetros morfológicos sendo eles: diâmetro mínimo 2 mm, altura mínima de 30 cm que estão ligados à sobrevivência das mudas pós-plantio. A relação entre altura e diâmetro denominada de relação H/D também é importante variando entre 5 e 8,1, indicando robustez e equilíbrio morfológico das mudas, o que evita o tombamento no campo. A avaliação da qualidade demonstrou que 98% das mudas atenderam ao requisito de diâmetro mínimo, com média de 4,50 mm e um desvio padrão de 1,95 mm. Em relação à altura, 80% não alcançaram o valor mínimo, com média de 21,20 cm e desvio de 11,49 cm. Para relação H/D, 75% não atenderam ao intervalo considerado adequado, com valor médio de 5,47 e desvio de 3,75. Nota-se que 2 parâmetros (altura e robustez) tiveram resultados abaixo do esperado. A altura é importante, pois mudas mais altas conseguem sobressair em meio à braquiária. O índice de robustez irá promover um maior percentual de emissão de raízes e, consequentemente, maior crescimento. Assim, conclui-se que a maioria das mudas estavam fora dos padrões de qualidade, o que pode promover uma maior mortalidade, menor crescimento inicial e maior necessidade de tratos culturais, o que eleva o custo total da compensação.
Palavras-chave Restauração florestal, Robustez, Vegetação nativa
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,66 segundos.