Resumo |
Ao ingressar na graduação somos cercados por diferentes emoções, sendo algumas delas o medo, a ira, a satisfação, a felicidade, a decepção, a tristeza, a culpa, a vergonha, o amor, o ressentimento e a nostalgia. Estas têm poder de exercer influência sobre nossas escolhas. No curso de Letras, logo ao final do primeiro período, os alunos são colocados frente a uma decisão importante: qual habilitação seguir; e são rodeados mais uma vez por todas essas emoções. Com o objetivo de identificar quais são as emoções envolvidas no processo de escolha da habilitação no curso de Letras e como as sensibilidades influenciam nesse processo, vem sendo desenvolvido o presente trabalho por meio de uma pesquisa de Iniciação Científica (PIBIC/FAPEMIG 2021-2022). Como referencial teórico nos apoiamos nos pressupostos de autores como Reis (2018), Poó Puerto (2009), Assis (2018), que utilizaram a autoetnografia como estratégia metodológica ou como ferramenta na escrita e difusão de resultados de pesquisa. Além desses, nos fundamentamos também nos pressupostos de Blanco (2012), Boragnio (2016), Scribano y De Sena (2009), que discutem o fazer autoetnográfico, e Scribano (2009), Bericat (2012) e Luna (2007), que discorrem sobre as emoções na perspectiva da Sociologia dos Corpos/Emoções. Do ponto de vista metodológico, os estudantes dos períodos iniciais do curso de Letras foram convidados a participar da pesquisa e, através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), manifestaram interesse em participar da Oficina de Escrita Autoetnográfica. Na oficina foram apresentados conceitos da autoetnografia, exemplos de algumas narrativas autoetnográficas e uma breve introdução sobre as emoções e seu importante papel em nossas escolhas, os estudantes escreveram uma narrativa autoetnográfica relativa às experiências no primeiro período de Letras. Após essa etapa, faremos a análise e interpretação dos dados gerados, em diálogo com os referenciais teóricos, resultado que apresentaremos no SIA. |