“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16897

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Fitopatologia
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Sara Siqueira Barbosa
Orientador OLINTO LIPARINI PEREIRA
Outros membros Fábio Alex Custódio, Jaciara dos Santos Santana, Jaqueline Aparecida de Oliveira
Título Uma possível nova espécie de fungo endofítico do tipo dark septate associada a raízes de bananeira
Resumo A banana é uma das frutas mais consumidas no mundo, o Brasil se destaca por ser o terceiro maior produtor mundial da fruta, sendo de grande importância econômica para o país. As áreas de cultivo de bananeira (Musa ssp.) têm sofrido com a ocorrência de doenças como o mal do Panamá, que é uma murcha vascular causada pelo fungo Fusarium oxysporum f. sp. cubense (FOC). A doença reduz a produção, causa danos econômicos e pode matar a planta. Fungos endofíticos vivem no interior de plantas sem causar danos aparentes, são capazes de trazer benefícios, podendo atuar na promoção do crescimento e no controle biológico de doenças. Alguns desses fungos já demonstraram potencial no controle biológico do mal do Panamá. Fungos endofitícos conhecidos como dark septate endophytes (DSE), são colonizadores de raízes e podem trazer outros benefícios ao se associarem com a planta, como maior absorção de nutrientes e conferir proteção contra doenças. Os DSE possuem potencial para atuar no controle biológico do mal do Panamá, entretanto, trabalhos sobre esse grupo de fungos em bananeira são escassos. Portanto, o objetivo do presente trabalho é realizar a caracterização morfológica e molecular de dois isolados de DSE obtidos de raízes de bananeira. Os fungos foram isolados da raiz através das técnicas de filtração de partículas e cultivo por extinção. Para caracterização morfológica foi utilizado dois meios de cultivo para induzir esporulação: batata dextrose ágar e ágar farinha de milho. Estruturas fúngicas foram montadas em uma gota de lacto-glicerol entre lâminas e lamínulas para observações microscópicas. Observações, medições das características morfológicas pertinentes (como conídios, conidióforos e células conidiogênicas) e imagens foram capturadas em um microscópio Olympus BX 53 equipado com uma câmera digital (Q-Color 5 Olympus). Utilizando a técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR) foram amplificadas as regiões gênicas ITS e 28s utilizando o conjunto de primers ITS5 e LR6, o gene tef1-a foi amplificado com o par de primers EF1-983F e EF1-2218R. O produto da PCR foi purificado e sequenciado pela Macrogen. A sequência obtida foi comparada com sequencias depositadas no banco de dados Genbank utilizando a ferramenta Mega BLAST. Baseado nos resultados do BLAST, sequencias foram selecionadas para análise filogenética por inferência Bayesiana. A análise filogenética do conjunto de dados foi realizada no software MrBayes v. 3.2.7a no portal CIPRES. Após análise microscópica das estruturas, foi verificado que os dois fungos possuem características morfológicas de espécies pertencentes ao gênero Codineae (Chaetosphaeriaceae). Baseado na análise filogenética, os dois isolados de DSE podem representar uma possível espécie nova do gênero Codineae. Os resultados do presente trabalho contribuem com o conhecimento sobre os fungos DSE que ocorrem em bananeiras e auxiliam em estudos filogenéticos do gênero Codineae e família Chaetosphaeriaceae.
Palavras-chave Bananeira, Fusarium, dark septate endophytes
Forma de apresentação..... Painel
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